Infelizmente, para este blog, meu fim de semana foi bem produtivo DVDisticamente falando. Então, sorry, não vou falar mal hoje (pelo menos, não muito).
No sábado rolou "I'm going to tell you a secret", que mostra os bastidores da turnê Re-invetion, da Madonna. Altamente recomendável mesmo pra quem não é fã e necessário pra quem é.
Será que tem coisa mais legal que ver alguém que vale sei lá quantos milhões de dólares (faltam-me zeros) declarar que está tão nervosa que não pára de cagar, ou reclamar que, após algumas apresentações o corpete que ela usa pra abrir o show já está fedendo... Tá bom, acho que estou me expressando mal. O que é legal é ver o lado gente de que, aparentemente, tá além disso.
Mas não é só a minha porção voyer (ou bisbilhoteira, no bom português) que o DVD agrada. A edição intercala momentos meikinóv com partes do show propriamente dito e não deixa ficar chato hora nenhuma. Os pontos altos são o poeminha que ela recita sobre a própria fama e a parte que ela fala do casamento dela. Eu que já era fã, fiquei babando. Nessa horas dá pra ver bem que ela não chegou tão longe por causa do corpo, das polêmicas ou mesmo da música. Ela é muito inteligente e tem uma forma quase vampira de fascinar as pessoas. Que saco, odeio babar ovo pra alguém em público.
Mas, no final das contas, um documentário que mostra essa senhora que escandalizou o mundo por 20 anos envergonhada por falar palavrão na frente do pai só podia ser uma obra-prima.
Já no domingo assisti (com uns 7 anos de atraso) "Os infiltrados". Confesso que eu estava com um pé atrás, pq todo mundo elogiou o filme. Já não é fácil cair nas minhas graças e, se eu crio uma expectativa grande, aí fudeu. Nem adianta me chamar de chata que você não vai me ofender, essa carapuça eu já vesti há muito tempo. Tá bom, vamos parar de falar de mim e voltar pro filme.
Antes de mais nada eu devo dizer que gostei muito, até me diverti. Mas o filme tem algumas aporrinhações. O começo dele demora a engrenar, a prender a atenção, é morninho demais. Aí, não sei se o Marty percebeu isso e, quando você menos percebe, o Lelé já é um policial infiltrado. Eu me senti meio burrinha nessa hora, fiquei ligeiramente perdida. O final também não me agradou muito. Quer dizer, os finais. Porque desde o "O Retorno do rei" eu não via um filme com tantos finais. Quando você pensa que vão subir as letrinhas, acontece outra reviravolta. Por fim eu já tava de saco cheio de tanto levantar a sobrancelha esquerda.
O elenco é, obviamente, um dos trunfos. O Matt me lembrou muito o Ripley, o que pode ser considerado um puta elogio da minha pessoa, já que eu acho esse um dos melhores personagens das telonas. Agora, que me desculpem a legião de fãs do Jack (da qual eu faço parte), mas aqui ele está mais Jack do que nunca. Uma vez eu ouvi alguém dizer que um bom ator é aquele que faz a gente esquecer dele e ver apenas o personagem. O tempo todo você só vê o Jack e não o Costello. Mas isso acaba sendo uma benção para o filme, porque deu espaço pra todo o elenco brilhar de uma maneira uniforme.
Mas o bom mesmo no filme é toda essa idéia de que a gente nunca sabe quem é quem e que todo mundo cria personagens pra si próprio, seja pra se encaixar ou pra levar vantagem. É legal (e raro) ver um filme de ação que não subestima sua inteligência. Tomo pra mim as palavras da Madonna, que disse que a verdadeira cara-metade é aquele cara que faz você pensar. Bons filmes de verdade também.