quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Mulher-brigadeiro tem quantas calorias?

Eu sempre fui uma fã das publicidades da Seda, em especial nas últimas campanhas que eles vinham desenvolvendo. Mas essa última eu juro que não entendi. Já viram o comercial do Seda Chocolate? Tá certo que, com um nome desse, nada melhor que comparar com essa coisa de ser gostoso, irresistível etecétera. Mas eles forçaram a barra de chocolate (não resisti ao trocadilho besta ;). Colocaram a pobrezinha da modelo dentro de uma formona de brigadeiro. Só faltou alguém entrar em cena e morder um pedaço do braço dela. Eu, hein? E imaginar que já fizeram obras-primas como um dos meus comerciais favoritos. (Que infelizmente eu não achei no iutubil). É uma que a moça encontra seu ex-namorado no supermercado. Ele fica babando porque ela está linda e se perguntando por que largou dela. Niqui eles se aproximam e ele pergunta se pode ligar pra ela. Ela pensa um pouquinho, só pra gente se remoer e pensar “é, mulher é tudo idiota mesmo, olha lá a retardada, já vai dar uma chance pro cachorro. Rasteja mesmo... deixa ele te pisar e vai correndo quando ele abanar o rabinho...” (juro que eu pensei isso tudo numa fração de milésimos) Aí ela olha com o olhar mais meigo do mundo e fala “não”. A melhor parte é quando ela vira e sai com aquele sorrisinho. Só sendo mulher mesmo pra entender o que esse sorriso significa. Também é um comercial muito bem dirigido, ficou super natural a cena. Bom, eu não achei essa, mas achei outras que também valem a pena. Dá uma conferidinha aí embaixo.

Me olha. Me olha de novo.

Essa dá vontade de chorar, de tão linda que é.

Seda - Várias mulheres em uma

Essa também é show de bola. me deu uma vontade louca de mudar meu cabelo.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Infiltrada, espalhando o segredo

Infelizmente, para este blog, meu fim de semana foi bem produtivo DVDisticamente falando. Então, sorry, não vou falar mal hoje (pelo menos, não muito).

No sábado rolou "I'm going to tell you a secret", que mostra os bastidores da turnê Re-invetion, da Madonna. Altamente recomendável mesmo pra quem não é fã e necessário pra quem é.
Será que tem coisa mais legal que ver alguém que vale sei lá quantos milhões de dólares (faltam-me zeros) declarar que está tão nervosa que não pára de cagar, ou reclamar que, após algumas apresentações o corpete que ela usa pra abrir o show já está fedendo... Tá bom, acho que estou me expressando mal. O que é legal é ver o lado gente de que, aparentemente, tá além disso.
Mas não é só a minha porção voyer (ou bisbilhoteira, no bom português) que o DVD agrada. A edição intercala momentos meikinóv com partes do show propriamente dito e não deixa ficar chato hora nenhuma. Os pontos altos são o poeminha que ela recita sobre a própria fama e a parte que ela fala do casamento dela. Eu que já era fã, fiquei babando. Nessa horas dá pra ver bem que ela não chegou tão longe por causa do corpo, das polêmicas ou mesmo da música. Ela é muito inteligente e tem uma forma quase vampira de fascinar as pessoas. Que saco, odeio babar ovo pra alguém em público.

Mas, no final das contas, um documentário que mostra essa senhora que escandalizou o mundo por 20 anos envergonhada por falar palavrão na frente do pai só podia ser uma obra-prima.

Já no domingo assisti (com uns 7 anos de atraso) "Os infiltrados". Confesso que eu estava com um pé atrás, pq todo mundo elogiou o filme. Já não é fácil cair nas minhas graças e, se eu crio uma expectativa grande, aí fudeu. Nem adianta me chamar de chata que você não vai me ofender, essa carapuça eu já vesti há muito tempo. Tá bom, vamos parar de falar de mim e voltar pro filme.

Antes de mais nada eu devo dizer que gostei muito, até me diverti. Mas o filme tem algumas aporrinhações. O começo dele demora a engrenar, a prender a atenção, é morninho demais. Aí, não sei se o Marty percebeu isso e, quando você menos percebe, o Lelé já é um policial infiltrado. Eu me senti meio burrinha nessa hora, fiquei ligeiramente perdida. O final também não me agradou muito. Quer dizer, os finais. Porque desde o "O Retorno do rei" eu não via um filme com tantos finais. Quando você pensa que vão subir as letrinhas, acontece outra reviravolta. Por fim eu já tava de saco cheio de tanto levantar a sobrancelha esquerda.

O elenco é, obviamente, um dos trunfos. O Matt me lembrou muito o Ripley, o que pode ser considerado um puta elogio da minha pessoa, já que eu acho esse um dos melhores personagens das telonas. Agora, que me desculpem a legião de fãs do Jack (da qual eu faço parte), mas aqui ele está mais Jack do que nunca. Uma vez eu ouvi alguém dizer que um bom ator é aquele que faz a gente esquecer dele e ver apenas o personagem. O tempo todo você só vê o Jack e não o Costello. Mas isso acaba sendo uma benção para o filme, porque deu espaço pra todo o elenco brilhar de uma maneira uniforme.

Mas o bom mesmo no filme é toda essa idéia de que a gente nunca sabe quem é quem e que todo mundo cria personagens pra si próprio, seja pra se encaixar ou pra levar vantagem. É legal (e raro) ver um filme de ação que não subestima sua inteligência. Tomo pra mim as palavras da Madonna, que disse que a verdadeira cara-metade é aquele cara que faz você pensar. Bons filmes de verdade também.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Um post do barulho 3

Quando um filme aporta por aqui, invariavelmente se sujeita à criatividade (no pior sentido da palavra) das empresas de tradução para seu batismo tupiniquim. E dá-lhe nome nada a ver com o título original, nada a ver com o filme e, pior, nada a ver com o planeta Terra. Mas isso é assunto por demais batido e nem vale a pena. O buraco deste post é mais embaixo.

Tem um filme da minha lista de favoritos que se chama “Grande menina, pequena mulher”. Comédia romântica toda bonitinha, ainda por cima com a Dakota Fanning (que é impossível não amar depois de “uma lição de amor”). O título em português segue a linha melhor-entregar-a-estória-mastigadinha-pro-expectador-já-no-título e é looooooooooooooooongo, mas até que não é de todo mal. Pelo menos não tem nada como “do barulho”, “da pesada” ou “muito louco”. Pensa bem, eles poderiam ter traduzido ao pé da letra o original, que é Uptown Girls, e tascado um “Garotas da cidade alta” ;) Ta, tô exagerando. Mas o que pode ser piorado, sempre será.

Tava eu assistindo a Record quando entrou uma chamada para os filmes que vão passar por esses dias. Eu logo reconheci as cenas e já pensei “oba, vou assistir de novo Grande menin...” enquanto o locutor anunciava todo orgulhoso que, dia tal, hora tal, eu poderia assistir “Molly e Ray, amigas para sempre”. De onde viemos? Pra onde vamos? Existe o céu? Pra que mudaram o nome do filme? Por que colocaram um nome tão idiota? Por que eles tiveram que deixar o título com jeito de filme infantil, sendo que ele não é? Isso não é contra a lei?

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Eu também cansei

Cansei de cumprir os dois quarteirões que separam minha casa do trabalho olhando para os lados, com medo, mesmo em uma cidade do interior.

Cansei de ver uma tragédia dando lugar à outra no destaque dos jornais. A mesma coisa pros escândalos e CPIs.

Cansei de buscar qualificação profissional em um país que não estimula empreendedores e um mercado que não dá oportunidades.

Cansei de adiar uma consulta médica, porque não tenho plano ou saúde pública.

Cansei de pagar o dobro, pra engordar os bolsos dos governantes.

Cansei de ver bandidos representando pessoas honestas.

Cansei de votações recordes para ladrões idem.

Cansei de deputados investigando eles mesmos e legislando pra eles mesmos.

Cansei de querer votar bem, mas não ter uma opção pra isso.

Cansei da minha própria impotência.

Mas antes de me cansar lá em cima, me cansei aqui pertinho.

Do que fura fila.

Do que dá calote.

Do que se aproveita do velhinho.

Do que não respeita.

Do que bebe, dirige e mata.

Do que pula o muro pra não pagar a entrada.

Do que se acha superior porque tem dinheiro.

Do que acha bonito ser alienado.

Do que quer ter vantagem em tudo.

Do jeitinho brasileiro.

Do errado ser normal.

Do errado ser certo.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Um super post

Ultimamente eu ando vendo um bucado de filme ruim com um detalhe em comum: o tema super-herói. Então resolvi fazer um postão só, pra matar o assunto (sem dó nem piedade). Na verdade, quando eu assisto os créditos subirem em total desgosto por duas horas perdidas, eu fico imaginando se foi o cinemão que piorou ou se fui eu que fiquei mais azeda com o passar dos anos. Acho que é um pouco dos dois, mas quando o namorido concorda comigo, aí eu tenho certeza que o problema não está só no meu azedume (ele é bem mais complacente).
Acontece que um filme em que alguém tem que salvar o mundo sempre é prato cheio pra que milhares de explosões feitas no computador sirvam pra tapar com entulho os buracos de um roteiro débil mental. É o que eu chamo de “herança Independence Day”. Desde aquele filme, nenhum diretor de arrasa-quarteirões fica satisfeito se não explodir Manhatan ou algo parecido. Onde foram parar os supers interessantes? Ou vai dizer que o Superman do Reeves não era um personagem e tanto? Os Batmans da década de 90 também eram legais, com vilões muito bem desenvolvidos (o Coringa é inesquecível). E o que nos sobrou hoje? Uma sucessão de heróis que não inspiram e vilões que não fedem nem cheiram.
Até o Homem-aranha, que começou a trilogia tão bem... Virou aquele chatolino metido no último filme. E a coisa ficou tão grave que eles acharam que precisavam de 50 vilões pra que a estória ficasse bacana. E o último Super-homem? Foi inovador pra caramba. Pela primeira vez o personagem título foi inteiramente gerado por computador durante todo o filme. Ou vai me dizer que aquele ator-boneco-de-cera parece humano pra você. Mas só pode ser culpa do diretor, porque ele conseguiu transformar um dos melhores atores do universo (o Kevin Space, que eu amo desde Se7en) no vilão mais fraquinho que já existiu. Mais constrangedor que isso, só aquela historinha de amor insonsa.
O último Batman, não lembro nadica, acho que dormi... Hellboy, Demolidor e Hulk nem arrisquei, meu coração não é tão forte.
Enfim, chegamos ao de ontem: O Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado. Um filme com esse nome pode ser bom? Pois é, foi o que eu pensei. O primeiro eu passei de bom grado (o namorido deve ter arrumado algum amigo pra torturar, quer dizer, ir com ele) mas desse não teve com escapar.
Sabe quando você está assistindo um filme e o diretor coloca uma cena totalmente nada a ver, que não tem qualquer relação com a narrativa, provavelmente só pra encher lingüiça? Agora imagine um filme onde todas as cenas são assim... Não sei qual dos personagens é mais insuportável. O Coisa tenta ser engraçado, o Tocha tenta ser garanhão, a Invisível tenta ser sexy, o Elástico tenta ser gênio e o General tenta ser o manda-chuva. Mas o que todos conseguem é ser superchatos.
As piadinhas mais previsíveis e sem-graça estão todas lá. O Tocha perguntando pro Coisa como ele faz pra “furunfar”, o Coisa medindo o grito com um urso (que aliás ganhou o troféu de cena mais despropositada), a Invisível ficando nua no meio da rua, o Tocha paquerando a oficial durona (nem precisa ser bidu pra saber que eles vão ficar juntos no final).
A única franquia que eu tiro da lista é o meu queridinho X-men. Um caso raro na natureza Hollywoodiana em que, não só a trilogia teve 3 filmes muito bons, como eles foram melhorando, ao contrário da maioria que começa bem e não sustenta.
O mais engraçado é ficar ouvindo os comentários do namorido, que sempre foi fanático pelos quadrinhos da categoria. Coisas do tipo: “Não tinha nada disso na história” ou “Ele nunca faria isso, que viagem”. Ainda bem que eu sempre preferi a Turma da Mônica. O texto é longo, mas a culpa é da Terra, que de tempos em tempos teima em correr o risco de aniquilação total.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Isso que é arriscar o pescoço por uma mulher

As propagandas de barbeador, pra mim, estão entre o que há de mais “descriativo” no mundo. Lóóórrico que eu não sou o público-alvo desse produto, então não vou nem julgar se é eficiente ou não. Mas vocês viram a última? O comer(da)cial se passa em um ônibus de viagem. O mancebo acabou de embarcar e vê que deu a sorte de sentar ao lado de uma gatinha. Só que a barba dele estava por fazer, então ele tem a brilhante idéia de ir se barbear, pra aumentar suas chances com a moça, claro. Afinal, a gente aprendeu nessas propagandas que mulher nenhuma resiste a um homem com cara de bumbum de nenê. Não sei vocês, mas acho uma missão meio suicida se barbear dentro de um ônibus em movimento, em um banheiro ridiculamente pequeno e mal iluminado, ainda mais com esse “tapete” que são as rodovias brasileiras. Porém, olhem pelo lado bom da coisa, ele vai ganhar a garota, ao mísero risco de cortar a jugular. Mas tudo bem, porque o nosso herói não sai de lá com um cortezinho sequer. Aí entra o melhor da história. A cena final, em que o rapagote tá deitado no ombro da moça.
Acompanhem meu raciocínio. Você é uma moça indefesa, viajando sozinha, de madrugada, pra visitar a vózinha doente em outro estado. São 7 horas de viagem, você está toda amarrotada e com o estômago enjoado. Daí você acorda com um completo estranho DORMINDO no seu ombro, isso mesmo, babando em você, cometendo a mais alta falta de educação que já se teve conhecimento.
a) Você grita por socorro, afinal, só pode ser um doente mental te atacando.
b) Você empurra ele pra lá bem de leve, torcendo pra que ele atravesse o corredor.
c) Você chama o cobrador pra ele te dar uma mãozinha com a bela adormecida.
d) As três anteriores, com uma boa dose de palavrões.
Porque nessas horas, meu amigo, não adianta barba feita, não. Não adianta ser boa pinta também não. Pra falar a verdade, não adianta ser o Brad em pessoa, porque essa é uma péssima forma de iniciar uma paquera. Acho que pior que isso, só se ele a cutucasse.
Acreditem vocês ou não, ela escolheu a opção e), e deu um sorriso pra gostosão da bala chita. Aposto que no final feliz desse conto da carochinha a essa altura eles já estão casados e com três filhos na cabana perto da praia.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Pensamentos definitivos

Tem pessoas que conseguem colocar em um só texto tudo que a gente sempre sentiu, mas nunca conseguiu definir. Pra mim, um bom exemplo era o Renato Russo. Sempre que eu escuto uma música dele eu penso "Puxa vida, não é que é desse jeitinho mesmo? Como que o cara sabe que é exatamente assim que eu me sinto?"

Eu achei esse texto no Paraíso Surreal, da Silvinha, que é um blog que eu adoro... É tão bacana que eu tive que pedir licensa pra postar por aqui.

O texto é da Adriana Falcão e faz parte do livro "Mania de Explicação".
Enjoy it.


SIGNIFICADOS

Muito é quando os dedos da mão não são suficientes.
Pouco é menos da metade.
Ainda é quando a vontade está no meio do caminho.
Lágrima é um sumo que sai dos olhos, quando se espreme o coração.
Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta para os outros.
Vergonha é um pano preto que você quer para se cobrir naquela hora.
Solidão é uma ilha com saudade de barco.
Abandono é quando o barco parte e você fica.
Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.
Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.
Ausência é uma falta que fica ali presente.
Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.
Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
Emoção é um tango que ainda não foi feito.
Desejo é uma boca com sede.
Paixão é quando apesar da palavra “perigo” o desejo vai e entra.
Excitação é quando os beijos estão desatinados pra sair da sua boca depressa.
Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.
Ansiedade é quando sempre faltam cinco minutos para o que quer que seja.
Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu, sair de seu pensamento.
Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer, mas acha que devia querer outra coisa.
Agonia é quando o maestro de você se perde completamente.
Sucesso é quando você faz o que sempre fez, só que todo mundo percebe.
Sorte é quando a competência encontra com a oportunidade.
Ousadia é quando a coragem diz para o coração: “Vá!” e ele vai mesmo.
Lealdade é uma qualidade dos cachorros, que nem todo ser humano consegue ter.
Decepção é quando você risca em algo ou em alguém um xis preto ou vermelho.
Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.
Prudência é um buraco de fechadura na porta do tempo.
Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.
Pressentimento é quando passa em você um trailer de um filme que pode ser que nem exista.
Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.
Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.
Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas, geralmente, não podia.
Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.
Perdão é quando o Natal acontece em Maio, por exemplo.
Renúncia é um não que não queria ser.
Vaidade é ter um espelho onisciente, onipotente e onipresente.
Amigos são anjos que nos levantam quando nossas asas estão machucadas.
Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.
Sorriso é a manifestação dos lábios quando os olhos encontram o que o coração procura.
Desculpa é uma palavra que pretende ser um beijo.
Beijo é um procedimento inteligentemente desenvolvido para a interrupção mútua da fala quando as palavras tornam-se desnecessárias.
Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado.
Não.
Amor é um exagero... também não.
É um cuidar de... Uma batelada de carinho?
Um exame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?

domingo, 5 de agosto de 2007

Os que se vão

Quando se vão os muito jovens,
lamentamos o desperdício de uma vida.
Quando se vão os que amamos,
indagamos como será daqui pra frente.
Quando se vão os especiais,
achamos sinceramente que o mundo
nunca mais será o mesmo.
Quando se vão de repente,
o choque torna tudo mais difícil.
Quando se vão após longa espera,
é a certeza de um lugar melhor que consola.

Mas não importa quem esteja ali deitado.
A nossa natureza não se prepara
e muito menos entende o porquê.

Descance em paz, Tia.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Presentão

Datas comemorativas sempre são momentos férteis para a propaganda de varejo. E mais férteis ainda para esquizitisses. Tem aquela propaganda da C&A com os rappers cantando (que é legal) e os pais dançando (que é bisonho). A música bate na tecla "eu não quero presentinho, eu só quero presentão...", algo assim. Ótima idéia, pq meu pai, por exemplo, acho que seria uma ótima se nesse dia dos pais eu finalmente resolvesse dar pra ele aquela Ferrarri vermelha que ele viu outro dia na loja... Mas adivinha qual é o presente que fecha as ofertas do comercial... tcha tchan tchan tchan. Uma limonada pra quem adivinhar. Lenços Presidente???? Nãããão. Meias sociais pretas????? Nãããão. Um magnífico trio de cuecas!!! Isso é que é presentão, hein. ;) Acho que meu pai vai até desistir da Ferrari depois dessa.