quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Perolas de um outro limão petiz

Se eu não detestasse a frase "criança tem cada uma..." eu começaria meu post com ela. O caso é que minha sobrinha de 6 anos, pero mucho espertinha, sempre solta suas pérolas pueris.
Ontem ela quis saber com o que eu trabalhava. Eu respondi toda orgulhosa que trabalhava em uma Agência de Publicidade só pra cair das tamancas e descobrir que pra uma criança isso não quer dizer LA-DA. Segue o diálogo:

Ela: Mas o que você vende lá?
Eu: Campanhas publicitárias.
Ela ?????????? (nessa hora ela até entortou a cabeça pro lado e ficou me encarando com aquele ponto de interrogação na testa).
Eu: Sabe quando você assiste um programa na tv e tem aquelas propagandas no intervalo? Então, é aquilo que eu faço.
Ela (toda cínica): Ah é? Então como é que eu nunca te vi na televisão?

Teve uma hora que a gente tava falando de velhice e ela, toda sábia, veio me contar que tem homem que, quando fica velho, raspa a cabeça em cima e deixa cabelo só dos lados. Assim, o cara fica careca sódizueira, né? Fanfarronice pura. A próxima descoberta dela certamente será das coroas que pintam os cabelos de branco a partir de uma certa idade.

Mas como criança hiperativa não cala a boca um segundo, as pérolas não paravam de jorrar. Mais tarde ela quis saber de um piercing que eu tenho na orelha desde a era glacial. Desses que você nem lembra mais que tem, de tanto tempo que faz que você furou.
Ela: Quando foi que você fez isso?
Eu: Ah, nem lembro, foi antes de você nascer.
Ela arregalou o olho, por que não importa a sua idade, o período antes de você nascer é sempre uma época inimaginavelmente remota.
Eu resolvi testar a matemática dela: Se foi antes de você nascer, quantos anos faz?
Ela pensou por alguns segundos, fez cara de malandra e tascou: Um tempão.
Na hora eu imaginei o Chaves dando uma resposta assim pro Prof Girafales. Adoro.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Tapa na pantera ruliça

Programa de auditório é prato cheio, né. Eu fico assistindo e pensando se era realmente aquilo que Deus tinha em mente quando criou a humanidade. Sempre vale umas boas risadas. Dia desse apresentador tava dando um esculhacha na convidada. A moça tava um tantim bom acima do peso e ele tava numas de "tratamento de choque". Falava pra ela "vocÊ está gorda por isso, por aquilo e por aquilo outro." Até entendo onde ele queria chegar jogando uma scania na cara dela e tentando acordar ela pra vida. Mas o phino foi a hora que ele soltou: "Se te der um tapa, você rola." Achei sutil.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Atire a primeira pedra, mas não no traveco

Então... teve uma cena da novela ontem que um carro cheio de preibóizim pára num semáforo/ponto de diversão masculina. Daí eles descem tocando terror na travada e na putada. Zentem... Será que a Globo já ouviu falar em teto de vidro? Pergunta pro Rômulo Neto, que ele conta. Afinal, o cara lançou tendência, né?
Pior mesmo é confessar que tava bisbilhotando a novela. Mas eu juro que na hora que o JN acabou o controle tava muito longe, fora do alcance da minha priguissa.

Sou só eu que acha um atentado capilar a Alinne Moraes fazer chapinha naquela cabeleira maravilhosa que Deus deu pra ela?

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Alegria

Então... limão chique até o último bagacinho que sou, fui dia desses assitir uma apresentação da escola do Professor Xavier do Cirque du Soleil. Zentem, o que que é aquilo? Tem um que voa, tem outra que coça a orelha com o mindim do pé... tudo mutante... É lógico que falar do Cirque é super chover no molhado, pq todo mundo sabe do nível das apresentações. Mas ver ao vivo é phoda, viu? Aproveita que eles vão estar no Brasil até lá pra abril. A única coisa que me frustra é não ter nada pra falar mal. Minha ranzinzisse me obriga a detestar palhaços com todo o meu sumo. Mas até dos palhaços eu gostei... e dei risada. Na verdade, antes da apresentação eu estava meio cabreira era com a bufunfa, já que o ingresso não é nada popular. Mas depois que vi o show, já comprei um porquinho pra próxima.

Falando em circo, palhaços... Eu aproveitei a ida a Brasília (foi lá que eu assisti) e fui conhecer o picadeiro onde todos os brasileiros são feitos de palhaço o Planalto e o Congresso. É claro que eu fiquei parecendo o João de Santo Cristo, só que sem as luzes de Natal. Em-bas-ba-quei.
Se você abstrair do que que acontece lá durante a semana, é bem legal o passeio. É incrível como obras feitas há mais de 50 anos ainda hoje parecem futurísticas, né? Um lugar lindíssimo, pena que abriga o que o País tem de mais feio.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Quem aprova essas coisas?

Quando vejo uma propaganda no ar, eu fico tentando imaginar como foi o processo de criação e aprovação da idéia. Daí quando passa aquela propaganda do Tixan Ipê (esse é shoooooooow, é shoooooooooooooowww) eu tento entender como o atendimento da agência conseguiu convencer os executivos engravatados da empresa que seria uma idéia brilhante colocar a Daniela Mercury esgoelando entre prateleiras de supermercado. Tipo, você tá lá tranquilamente fazendo a listinha do mês e de repente as gôndolas se abrem para uma outra dimensão. A dimensão da pirigueti baiana por sinal. Eu saia correndo, fácil. Pior que isso, só se fosse a Suzana Vieira cantando. Aquilo sim é a visão e audição dos infernos. Se era pra fazer um comercial com uma idéia tão tosca, pelo menos poderiam ter contratado a Ivete...

Favela's Next Top Model

Todo mundo já sabe que pra ser modelo não precisa ser bonita, basta pesar menos que 10 quilos e medir acima de 3 metros. Mas o pessoal da seleção do Brazil’s Next Top Model (ô nomim dos inferno de pronunciar) exagerou, né? Metade tem cara de trava, metade tem cara de pobre e metade tem cara de cavalo. Ih, deu mais que 100%... É que a maioria tem mais de uma característica escrota no visual. Mas não era disso que eu queria falar não... Tava reparando nas idades das meninas, que vão de 19 a 25 anos. Alguém avisa pro povo lá que com essa idade, as modelos já estão com a aposentaduria encaminhada. Elas estão só uma década mais ou menos atrasadas.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Excesso de gostosura? Not!

Ouvi dizer que a Siri-gaita tá magoadinha porque não foi eleita a mais sexy da Revista VIP. Zénti, posso falar? Se uma mulher tem que fazer lipoaspiração até na cara, será que já não dá pra tirar da categoria sexy e jogar na categoria obesíldos não? E olha que ela ainda ficou com o sétimo lugar. Quem ficou com o primeiro lugar foi a Juliana Paes, que eu só não falo que tem cara de empregada doméstica (e de mantena-sósia) porque vocês vão achar que eu sou despeitada. Ainda bem que o povo que vota não tava avaliando foto ¾, né? E se a Sirislene fosse tão sexy assim tinha ultrapassado a extraordinária marca de 17 playboys vendidas.

Falando em Sirilene...

Perguntaram pra ela sobre o ex, um que ela namorava antes da fama e que ela largou pra entrar no BBB e que correu atrás dela depois que ela entrou no programa pra ver se também faturava em cima etc etc. Olha o que ela disse: “Se tivesse saído mal do Big Brother, não tivesse arrumado emprego, talvez tivesse voltado para casar...” Deve ser um dilíça saber que você é tipo um plano B, pra quando todo o resto der merda.

Falando em Plano B...

Tô fazendo um bolão. Qual ator/artista/qualquer-um-que-já-apareceu-na-TV “tipo B” vai ser o próximo a dar umas bolachas naquele traveco? Filhota, vou te dar um dica. Dá uma atualizada na tabela de preços. Além do programa simples, cobra um adicional de insalubridade pra um programa mais hardcore. Tipo, coloca uma porcentagem pra cada sopapo. Chute é mais caro.
Um detalhe supermal contado dessa história (que eu devo dizer que não acredito em nenhuma palavra). Ela diz que apanhou de uma ator da Globo e de outro da Record. Mas uma emissora é do Rio e a outra de São Paulo. Não entendi. Será que o ponto dela é na ponte aérea?

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Depois de um longo e tenebroso inverno, grandemente voltei

Como é possível assistir uma novela e levar aqueles diálogos mongóis à serio? Tava vendo aquela Duas Caras sábado (pra não queimar meu filme, devo dizer que fui “obrigada” a tanto) e cheguei a conclusão que eu nunca vou entender como se pode suportar a Susana Vieira falando “grandemente” a cada 2 frases. E tome “Eu grandemente estou feliz em te ver”, “Eu grandemente preciso que você volte pro Brasil e me ajude” e por aí vai. Acho que a idéia era fazer a Paquiterótica parecer culta. Deu certo não, tá? Fora a cena do restaurante, que eu rachei de rir. O Maitre (é assim que escreve?) de um restaurante francês expulsou uma comitiva de um cara que eu acho que era tipo um diplomata porque eles estavam com um monte de sacolas (todas chiquésimas e de grife, nada de saculinha de prástico). Mas ele não fez isso de uma forma educada não. Deu uns berros lá em francês mesmo. O que você acha que é mais deselegante? Pessoas que acabaram de vir das compras e estão “com alguma bagagem” ou um doido varrido berrando?
Mas sabe o que é pior nessas noveletas? Esse complô da Globo em favor das mulé de vida fácil. Na outra novela tinha a Bebel, suuuuuper glamurosa. A versão bronzeadinha da Linda Mulher. Agora tem a casa de “massagi”. Adorei o eufemismo. Eu tive que dar uma vomitadinha depois de ver tanta estampa de onça, colant metalizado, botinha branca com cano que tampa o joelho e muita, mas muita mesmo banha pulando pra fora do shortinho É o tchan. Haja borda recheada de catupiri. Deve ter algum autor desesperado pra alavancar a audiência. Mas sério, alguém acha aquilo atraente? Mas uma coisa eu te falo, se a Globo faz tanta propaganda, das duas uma. Ou fecharam contrato de merchã com o sindicato das quenga ou tem muito diretor de núcleo com o rabo preso.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Can you spell b-r-a?

Britney, dórlin, se chama su-ti-ãn, ok?
Tem uma coisa que eu não entendo. Todo mundo tá cansado de comentar sobre a alergia da Sra Spears por calcinhas, mas nunca vi ninguém pegar no pé dela por também nunca usar sutiãn. Tipo, vai ver a grana tá indo tudo pros adevogados e não tá sobrando pra nenhum Vitóriazinha Secrets. Então, vai a dica aí. Amarra um tijolo em cada biquinho e joga por cima do ombro. Pode aproveitar e fazer um pedido pra NS dos Pendurados. Na falta de um tijolo, amarra os filhos que também dá certo.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Capitão Nascimento e aqueles outros lá

Finalmente assisti o Tropa Móderfucker de Elite. E te falo que o filme é tão bom que me deu vontade de fazer um post com uma única palavra: phodésimo. Mas vocês sabem que eu sou uma pessoa bem mais prolixa que isso. Então vamos, lá. Se não assistiu o filme, pede pra sair agora, que tu não é caveira e também porque capaz do texto estragar um pouco da surpresa. Aliás, se não assistiu ainda vai lá agora assistir e me faz um limão feliz, ok?
A primeira razão pra gostar do filme, é claro, é o Capitão Naixcimento. O meu sonho agora é pronunciar a palavra “merda” com a merma crasse do home. Sério, esse é o tipo de personagem que você tem a impressão que mais ninguém poderia encarnar com tanta propriedade. Tipo Tom Hank/Forest Gump ou Johnny Deep/Jack Sparrow. O cara conseguiu dar o tom do filme todinho, seja no drama, na violência, no humor. O que falar de um ator que conseguiu produzir uma narração em off tão bacana quanto a de Beleza Americana?
É lógico que falar desse filme é falar das polêmicas que ele levantou. Alguém me recomendou que o filme tinha muito palavrão. Tipo, não que a minha boca seja mais limpa que a de um caminhoneiro, né? Mas puritano ou não, acho que você acaba não reparando muito na boca suja de alguém esfregando a cara de um pleibóizim em um peito baleado/arrebentado/tripasprafora/ensangüentado.
E sabe o quê? Você pode ficar horrorizado e ao mesmo tempo admitir que provavelmente o plei nunca mais voltou na favela depois daquilo. Me atrevo a dizer que ele foi diretinho pros escoteiros depois de limpar as calças. Não sei se a idéia é “fins que justificam os meios”, tá mais pra “é assim que acontece na vida real, tem uma idéia melhor?”. O fato é que o filme não é para fracos de coração nem de estômago.
Pra mim, tudo no filme, principalmente os personagens, é feito pra que você ame e odeie ao mesmo tempo. Não dá pra ficar de um lado e proclamar que aquilo é o certo ou o errado.
Tortura é o pior dos recursos? Ou ela deixa de ser quando um bandido entra na sua casa e põe um cano frio na cabeça do seu filho? Quem entra pro crime não teve escolha, ou não teve vergonha na cara? Ser violento com a mulher é inadmissível ou dá pra botar a culpa nos remédios tarja-preta?
Acho que o maior mérito do filme é justamente deixar todas as perguntas em aberto. E, principalmente, sem respostas fáceis para assuntos tão difíceis. Levantar um debate, sem empurrar nenhuma verdade goela abaixo. Aliás, de uma reflexão mais profunda, acho que a única verdade irremediável é que esta é uma guerra perdida, porque não tem fim e nem vencedores.

Ps: A última cena é do tipo fecha-a-boca-e-para-de-babar-que-já-acenderam-a-luz-do-cinema. Não me lembro de um final de filme tão genial desde Se7en.
Pss: Cereja do bolo mesmo é a amiga saindo do cinema toda empolgada: Que doido, eu também quero entrar pro BOB’S.
Psss: Como cada história tem vários lados, vale conferir o documentário “Falcão – Meninos do Tráfico”. Dá uma olhada nesse trecho aqui e sente o drama.
Pssss: O povo não perde tempo. Se você também ficou fã do Sr. Pede Pra Sair, se joga aqui.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Duas Chatas

Achei uma coisa bem crassuda esse novo personagem da Susanta Vieira. Não só a moçoila é chifruda, como o chifre tem que ser no estilo midiático e todo mundo fica sabendo pelos jornais. Como a arte "imita" a vida, não basta chifrar, tem que dar bafão. Fina ironia, não? É como dar um papel de drogada pra Lindsay Lohan recém saída da rehab. Falando nisso, de qual que é essa do nome "Dona Branca"? Se fosse na outra novela ia ser piada pronta. Quem matou Thaís? Dona Branca, com a chave inglesa na biblioteca. Será que o Herson Rei Leão Capri é o Coronel Mostarda? E a Dona Violeta, quem será? Só mais uma cossita. Acho que eu já vi esse embate entre a Susaninha e a Renatinha não tem muito tempo. Tá precisando reciclar o casting, hein Dona Globo?


Achei bem parecida, só que essa aqui acertou no penteado.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

bbbesta

Antes de começar o post quero deixar bem claro que eu detesto uma coisinha arrogante chamada Pedro Bial. E uma coisa que me deixa profundamente feliz é quando uma pessoa que eu detesto me dá uma nova prova de que eu tô no caminho certo.

Sábado tava assistindo o "Estrelas" e a Angélica entrevistou o cara. Blá blá blá, entrevista desinteressante à enésima potência, até que ele me soltou uma pérola digna dese povo catequisado pra acreditar que a Globo é a oitava maravilha do mundo moderno.
Ele estava falando dos trabalhos que já fez e chegou na hora de falar de cinema. Daí ele disse que essa coisa de fazer cinema é mais uma coisa de agradar o próprio "ego intelectual". Até entendo ele dizer isso porque realmente é difícil ganhar "la plata" fazendo cinema no Brasil. Mas a cereja do bolo foi ele ilustrar este pensamento dizendo que qualquer capítulo de novela da Globo ultrapassa a audiência de um filme do Spielberg.

Olha só meu amigo, pra tu baixar a bola, esse talzinho que você se referiu só dirigiu uns filmecos que não dão audiência nenhuma, viu? Tipo Indiana Jones, ET, Tubarão, Jurassic Park, A Lista de Shindler. Só por causa do ego intelectual dele. ET por exemplo, mal se pagou tá? Foi só a terceira maior bilheteria de todos os tempos. Uma comparação dessa só pode ser muita inveja inrustida.

Menos digno de nota foi ele dizendo que o BBB melhorou a cada edição. Melhorou em qual quesito mais exatamente? Ah, já sei. Melhorou na quantidade de baixaria e de vulgaridade.
Porque de resto, tudo a mesma bbbosta.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Cada doido com a sua....

É isso aí, finalmente alguém com algum juízo na cachola tomou os filhos da mão da desmiolada da Britney Spears. Notícia velha, eu sei, já saiu em todos os blogs ontem. Mas navegando no Terra eu encontrei uma manchete meio "desinformada": "Família teme que Britney se mate após perder a guarda dos filhos". Acho que a família dela não tem com o que se preocupar. A não ser que ela vá se matar no stáile eu-ainda-sei-o-que-vocês-fizeram-no-verão-passado ou então de tanta birita. Uma sessão de bronzeamento artificial e uma passadinha rápida num hotel de luxo. Foi isso que ela fez depois de entregar os pimpolhos. A coitadinha tava tãããão triste que foi beber as mágoas e bronzear a tristeza. Detalhe féxion: o prazo pra entregar as crianças era hoje, mas ela deve ter entregado logo que era pra não sofrer com a ansiedade, né? Ou tinha um festinha imperdível e a babá deu o cano...

Mas eu tava pensando aqui que provavelmente isso não vai mudar quase nada na vida dos envolvidos. Ela vai continuar vivendo la vida loka, agora mais sem freios que nunca. Eles vão continuar achando que a babá que é a mamãe e continuar com muita meda daquela doida careca que eles vêem de vez em quando. E o Kevin vai continuar faturando em cima dessa história toda.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Cuidado com a cobra

Telejornal é o tipo de programa que eu ando evitando ao máximo assistir. Sabe como é, tô querendo poupar meu estômo de ver pela enésima vez um criminoso profissional ser liberado para passar o dia com a mamãe e aproveitar pra tirar o atraso na listinha de execuções de inocentes. Mas de vez em quando tem umas notícias que desopilam.

A estória é bobinha, mas tem a maior cara de piada pronta. Vê se você concorda...
Durante uma blitz rodoviária pegaram um argentino, dentro de um ônibus, transportando ilegalmente uns (acho que eram 5) filhotes de cobra e um de lagarto. Nada de mais se não fosse a idéia de girico pro esconderijo. O cara se inspirou nos dólares da cueca e achou que era o lugar ideal pra começar um serpentário. Colocou lá pra fazer companhia pra minhoquinha dele. O camarada deve estar a alguns anos na fila do SUS esperando uma operação de troca de sexo, só pode. (Tem SUS na Arrentina?) A imaginação fica a mil de tentar adivinhar como foi que os puliça acharam o carregamento do moço. Será que tinha um volume suspeito, uma coisinha “homem-berinjela”? Ou será que as danadas estavam fazendo cócegas, e ele começou a se contorcer?

Mas a cereja do bolo é a cidade onde foi feita a apreensão: Cascavel. Juro. A minha mente criativa só acrescentou um detalhe infame. Só faltou mesmo o cara chamar Armando O. Bote. Eu não conseguiria ler a notícia sem rolar de rir. Fazia igualzinho essa moça aqui.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

E como fevereiro está longe...

Como uma boa fã de Lost, estou numa puta crise de abstinência, já que a série volta só ano que vem. Enquanto isso arrumei um outro passatempo. Não vai tomar o lugar de Locke e Cia no meu coraçãozinho, mas é altamente recomendável. Trata-se do seriado Kyle Xy, que eu assisti 3 episódios de uma sentada só. Não sei se dá pra explicar a estória aqui de uma forma que esteja à altura da série. Mas vai por mim, que é coisa de primeira.


Nas palavras da Wikipédia "Kyle XY é uma série dramática norte-americana que conta a história de Kyle, um garoto que subitamente acorda na floresta nos arredores de Seattle, Washington sem lembranças de sua vida até aquele ponto. A série acompanha a vida de Kyle enquanto ele tenta decifrar os mistérios que o rodeiam, como por exemplo o fato de que ele não tem umbigo, nem lembranças de sua infância." Falando assim parece bobo... mas o legal da série é o fato de que o personagem principal é uma folha em branco, alhei a todos os moldes sociais que a gente aprende a se encaixar desde que nasce. E é exatamente com uma vivência pura, livre de preconceitos que ele nos permite enxergar com olhos de um "outsider" os costumes e comportamentos arraigados na nossa sociedade. Me lembrou muito o personagem do Brad Pitt em "Encontro Marcado", encantado com a manteiga de amendoim, com a sensação de um beijo e com dezenas de coisas que a gente vai desaprendendo aos poucos o valor.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Perfurações...

Tem uma novidade linda e prateada bem no meio da minha rosquinha, quer dizer, barriga. Depois de véia "voltei a ser rebelde". Fiz um piercing no umbigo ontem. Fiz mesmo, deu vontade ué. Eu tinha ido só pra acompanhar, mas sabe como é... 13 é sorte ou azar hein? Porque interou a décima terceira vez que enfrento uma agulhona daquela. (Antes que quem não me conhece pense besteira, são 10 furos só na orelha e mais 2 mal-sucedidos na sobrancelha).
Agora eu quero a minha tattoo eloooorme, tampando as costas. Limãe já entrou com o processo de deserdamento...

Sabe o que é engraçado nessa estória toda de ter alguns furinhos pelo meu corpo? 26 em cada 10 pessoas que eu conheço me fazem a clássica pergunta "Dói pra fazer?" Já devo ter respondido isso alguns trilhões de vezes. Eu sempre falo que não dói tanto assim, que é rápido... Dor mesmo é fazer tatuagem, aí sim não dá pra negar. (Mas só quem já rabiscou o corpo sabe o tanto que é bom, não dá pra explicar pra quem nunca fez) Mesmo assim, confesso que ontem eu fiquei bem nervosa. Mas o meu problema nem é com a dor em si, é com sangue. Eu sou fresca mesmo com a tal da grosélia corporal. Uma gota me derruba.

Só pra encerrar o post, não dava pra passar por essa experiência sem uma pérola pra vocês. Eu ainda tava decidindo se ia ou não ia furar e falei: "A minha barriga é enorme, vai ficar parecendo que eu coloquei um biquinho pra esvaziar a bóia." Niqui a moça do estúdio me solta. "Que nada, já vi bem piores." E ela nem tava zoando....

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Mudando de canal

Um belo dia de verão, um gringo achou que poderia ser divertido colocar duas trilhardárias patricinhas arrogantes e fúteis confinadas num curral e ainda por cima exibir em rede nacional. Não sei se a intenção era que elas mugissem, mas dizem as más línguas que Simple Life foi um sucesso lá nas bandas do norte. Nunca vi e nunca quis (é que, pra mim, essa espécime é tão irritante que não vale a pena nem pra falar mal). Mas aí quando apareceu a versão made in Brazil eu fui dar uma confiridinha.
O que é aquilo? Em primeiro lugar, eles não entenderam o conceito do programa. Não bastava ser patricinha, tinha que ser alguém rico MESMO. Alguém que nunca colocaria os pés em uma fazenda por livre e espontânea vontade. Aí convocaram uma dupla de semi-celebridades.

Karina Bacchi, atriz do time b da Globo, que só ganhou fama mesmo depois de exibir seu piercing pouco convencional. Ticiane Pinheiro, que é filha de alguém e esposa de outro alguém. Ou seja, nunca teve estrela própria e até pra pousar pelada botou a mãe no meio... E eu tenho que acrescentar que elas são chatas, muito mesmo. (Agora eu sei que você está querendo esfregar na minha cara que a referência das branquelas do norte são um vídeo pornô-caseiro e uma paternidade privilegiada, mas elas são ri-cas-pá-ca-rá-lhi-nho babe).
Mas voltando ao programa, as situações são tããããão armadas, que a roterista do programa já até lançou um livro com as “aventuras” das moçoilas.

Sente o drama, no episódio que eu assisti, elas foram “trabalhar” em um posto de gasolina. Aí como fica muito chato só mostrar as duas sacolejando pra lá e pra cá, botaram elas pra cometer toda sorte de mongolices. Elas mudaram o preço da gasolina, zoaram o cara de fusca, inventaram uma ducha pra cavalo e molharam a mulher que estava montando, elas pararam todos os funcionários para jogar dominó até serem demitidas... aí eu descobri que (surpresa das surpresas) elas SEMPRE são demitidas. Nada previsível e nem muito menos armado, tá gente?!

Aí elas foram fazer compras no supermercado. Que coincidência, eles tinham duas vagas de emprego... Teve uma hora que mostrou a Ticiane abrindo um pacote de uma mulher que estava comprando e comendo o salgadinho. Cara, quem faz isso?!?! Forçado demais. Muito retardo mental. Aí eu decidi que era hora de mudar de vida, quer dizer, de canal.

Só um adendo, não dá pra não comentar. Me dá muita (mas muita mesmo) gastura aqueles peitos da Karina. Será que não dá lordose carregar aquelas jacas o dia todo não? E não, não é inveja, que eu detesto ter peito, e olha que meus singelos limãozinhos não dão nem metade daquilo.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Poesia com cara de fábula

Não sei que história é essa que você resolveu escrever pra mim, só sei que ela não tem nada a ver com o meu estilo literário.

Eu, que sempre me orgulhei da minha independência, agora fico presa aos minutos que você não me olha. Dava pra ter respeitado só um pouquinho da minha auto-suficiência, ao invés de esfregar na minha cara o seu poder sobre o meu mundo?

Onde foi parar meu sonho de “liberdade”? Numa estante empoeirada, de onde tirei o sonho batido do véu e grinalda? E o que foi feito daquela agonia de andar de mãos dadas, quando eu preciso do seu toque o tempo todo?

Um balde de água fria no meu desprezo pela pieguice do amor.
Um balde de água quente num coração que teimava ser inverno.

Eu, que vivia cada dia com se fosse único, agora vivo a vida toda em um dia sabendo que o próximo também será só alegria.
Perdi o medo da cadeira de balanço.
Perdi o medo do escuro.
Perdi o medo de gente.

Eu dormi na incerteza e acordei em você. Desabei meus castelos e escolhi a sua proteção. Te dei a minha maçã mais bonita torcendo pra que você não enxergasse os meus podres.

Eu, que sempre lustrei a minha tristeza e prezei minha solidão. Agora me entrego a um amor que vai contra os meus princípios, mas que nasceu para justificar os meus fins.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Um vegetal promovido

Domingo de sol, visita ao zoológico. A-do-ro animais. Mas adoro mais ainda zoar quem não pensa antes de falar... hehe. Em frente à jaula de um dos primatas tinha uma plaquinha explicando que o macho daquela espécie é preto e a fêmea bem mais clara, amarelada.

Ela 1: Olha lá o macho, lá em cima.
Ela 2: Ah, e a fêmea está ali.
Ela 1: Ali onde, não tô vendo.
Ela 2: Ali, perto da grande.
Ela 1: Isso é um côco...

Ps: A falta de posts? Tava de férias curtindo um feriadão mais prolongado que o usual.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Recomendo

Eu sempre adorei programas de perguntas e respostas, mas agora viciei naquele da Band: "A grande chance". Ontem foi só com "astistas". Teve as presenças ilustres do Falcão (o do girassol), do Sidney Magal (um luxo, né) do rapaizim do Fala Mansa (não me exijam que eu saiba o nome dele) e do Felipe Dilon. Só faltou a Mari Alexandre. Mas falando em Felipe Dilon, eu fiquei me perguntando se esse moço não tem algum tipo de retardo mental, e olha que eu nem tô zoando. Primeiro: Quando ele foi apresentar as duas moças do próprio time, ele falou que elas trabalham no escritório (acho que é o que cuida da "carreira" dele), que eram muito "gente boa" e talz mas TEVE QUE LER o nome delas nos respectivos crachás. Vai ver ele não tinha um amigo pra levar, tudo bem, mas não dava pelo menos pra decorar o nome delas????? Segundo: Toda vez que ele falava, parecia que ele estava em um universo paralelo. Melhor foi quando o Gilberto Barros perguntou quem ele achava que ia ganhar e ele se enrolou todo. Meu, era só dar um palpite... mas não, ele levou a pergunta a sério e disse que não dava pra saber, já que era tudo eletrônico (?). Vai ver ele ficou com medo de apanhar na bundinha se ele falasse que um ia ganhar e errasse. Terceiro: Na hora que ele foi cantar, lógicamente tava rolando um pleibécão. Acontece que o microfone tava ligado e ficava saindo a voz dele por cima, tudo desencontrado. Uma coisa linda de meu Deus. Tadinho, ainda não entendeu o conceito de dublar uma música.
Fora que ele "dançando" é de dar pena.... Mas eu não tiro o mérito do cara: me proporcionou umas boas risadas.

Ps.: Acabei de constatar que a busca Felipe Dilon no Google retorna 181.000 resultados. Tomara que esse post bombe de fã irada me xingando... haha

Eu recomendo, mesmo sem nunca ter usado

Vocês lembram aquela vez que a Malu Mader teve um problema na cabeça? Ela teve até que operar, mas não lembro bem o que era. Pois é, só sei que na época ela deu uma entrevista pra falar que era um coisa simples, que tava tudo bem, blá blá blá. Lá pelas tantas ela tava falando que foi uma coisa inusitada, porque ela não tinha tido nenhum sintoma e me solta algo como "Nem dor de cabeça eu tenho". Tudo bem, sorte dela não ter dor de cabeça que eu tenho direto e é a pior bosta do mundo. Acontece que a moça é a garota-propaganda DE UM REMÉDIO PRA DOR DE CABEÇA. Ok, eu sei que esse recurso de usar artista pra recomendar um produto é manjado e eficiente, também sei que é obvio ululante que a Xuxa nunca besuntou a pele dela com Monange no inverno... mas não adianta, toda vez que eu vejo as Malus me mandando tomar Sonridor eu não me aguento e esbravejo com a Tv "Mas você não tem dor de cabeça!!! Tá me recomendando uma coisa que você não usa, sua falsa?" Logo a Malu, que é tão bacana...

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Mulher-brigadeiro tem quantas calorias?

Eu sempre fui uma fã das publicidades da Seda, em especial nas últimas campanhas que eles vinham desenvolvendo. Mas essa última eu juro que não entendi. Já viram o comercial do Seda Chocolate? Tá certo que, com um nome desse, nada melhor que comparar com essa coisa de ser gostoso, irresistível etecétera. Mas eles forçaram a barra de chocolate (não resisti ao trocadilho besta ;). Colocaram a pobrezinha da modelo dentro de uma formona de brigadeiro. Só faltou alguém entrar em cena e morder um pedaço do braço dela. Eu, hein? E imaginar que já fizeram obras-primas como um dos meus comerciais favoritos. (Que infelizmente eu não achei no iutubil). É uma que a moça encontra seu ex-namorado no supermercado. Ele fica babando porque ela está linda e se perguntando por que largou dela. Niqui eles se aproximam e ele pergunta se pode ligar pra ela. Ela pensa um pouquinho, só pra gente se remoer e pensar “é, mulher é tudo idiota mesmo, olha lá a retardada, já vai dar uma chance pro cachorro. Rasteja mesmo... deixa ele te pisar e vai correndo quando ele abanar o rabinho...” (juro que eu pensei isso tudo numa fração de milésimos) Aí ela olha com o olhar mais meigo do mundo e fala “não”. A melhor parte é quando ela vira e sai com aquele sorrisinho. Só sendo mulher mesmo pra entender o que esse sorriso significa. Também é um comercial muito bem dirigido, ficou super natural a cena. Bom, eu não achei essa, mas achei outras que também valem a pena. Dá uma conferidinha aí embaixo.

Me olha. Me olha de novo.

Essa dá vontade de chorar, de tão linda que é.

Seda - Várias mulheres em uma

Essa também é show de bola. me deu uma vontade louca de mudar meu cabelo.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Infiltrada, espalhando o segredo

Infelizmente, para este blog, meu fim de semana foi bem produtivo DVDisticamente falando. Então, sorry, não vou falar mal hoje (pelo menos, não muito).

No sábado rolou "I'm going to tell you a secret", que mostra os bastidores da turnê Re-invetion, da Madonna. Altamente recomendável mesmo pra quem não é fã e necessário pra quem é.
Será que tem coisa mais legal que ver alguém que vale sei lá quantos milhões de dólares (faltam-me zeros) declarar que está tão nervosa que não pára de cagar, ou reclamar que, após algumas apresentações o corpete que ela usa pra abrir o show já está fedendo... Tá bom, acho que estou me expressando mal. O que é legal é ver o lado gente de que, aparentemente, tá além disso.
Mas não é só a minha porção voyer (ou bisbilhoteira, no bom português) que o DVD agrada. A edição intercala momentos meikinóv com partes do show propriamente dito e não deixa ficar chato hora nenhuma. Os pontos altos são o poeminha que ela recita sobre a própria fama e a parte que ela fala do casamento dela. Eu que já era fã, fiquei babando. Nessa horas dá pra ver bem que ela não chegou tão longe por causa do corpo, das polêmicas ou mesmo da música. Ela é muito inteligente e tem uma forma quase vampira de fascinar as pessoas. Que saco, odeio babar ovo pra alguém em público.

Mas, no final das contas, um documentário que mostra essa senhora que escandalizou o mundo por 20 anos envergonhada por falar palavrão na frente do pai só podia ser uma obra-prima.

Já no domingo assisti (com uns 7 anos de atraso) "Os infiltrados". Confesso que eu estava com um pé atrás, pq todo mundo elogiou o filme. Já não é fácil cair nas minhas graças e, se eu crio uma expectativa grande, aí fudeu. Nem adianta me chamar de chata que você não vai me ofender, essa carapuça eu já vesti há muito tempo. Tá bom, vamos parar de falar de mim e voltar pro filme.

Antes de mais nada eu devo dizer que gostei muito, até me diverti. Mas o filme tem algumas aporrinhações. O começo dele demora a engrenar, a prender a atenção, é morninho demais. Aí, não sei se o Marty percebeu isso e, quando você menos percebe, o Lelé já é um policial infiltrado. Eu me senti meio burrinha nessa hora, fiquei ligeiramente perdida. O final também não me agradou muito. Quer dizer, os finais. Porque desde o "O Retorno do rei" eu não via um filme com tantos finais. Quando você pensa que vão subir as letrinhas, acontece outra reviravolta. Por fim eu já tava de saco cheio de tanto levantar a sobrancelha esquerda.

O elenco é, obviamente, um dos trunfos. O Matt me lembrou muito o Ripley, o que pode ser considerado um puta elogio da minha pessoa, já que eu acho esse um dos melhores personagens das telonas. Agora, que me desculpem a legião de fãs do Jack (da qual eu faço parte), mas aqui ele está mais Jack do que nunca. Uma vez eu ouvi alguém dizer que um bom ator é aquele que faz a gente esquecer dele e ver apenas o personagem. O tempo todo você só vê o Jack e não o Costello. Mas isso acaba sendo uma benção para o filme, porque deu espaço pra todo o elenco brilhar de uma maneira uniforme.

Mas o bom mesmo no filme é toda essa idéia de que a gente nunca sabe quem é quem e que todo mundo cria personagens pra si próprio, seja pra se encaixar ou pra levar vantagem. É legal (e raro) ver um filme de ação que não subestima sua inteligência. Tomo pra mim as palavras da Madonna, que disse que a verdadeira cara-metade é aquele cara que faz você pensar. Bons filmes de verdade também.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Um post do barulho 3

Quando um filme aporta por aqui, invariavelmente se sujeita à criatividade (no pior sentido da palavra) das empresas de tradução para seu batismo tupiniquim. E dá-lhe nome nada a ver com o título original, nada a ver com o filme e, pior, nada a ver com o planeta Terra. Mas isso é assunto por demais batido e nem vale a pena. O buraco deste post é mais embaixo.

Tem um filme da minha lista de favoritos que se chama “Grande menina, pequena mulher”. Comédia romântica toda bonitinha, ainda por cima com a Dakota Fanning (que é impossível não amar depois de “uma lição de amor”). O título em português segue a linha melhor-entregar-a-estória-mastigadinha-pro-expectador-já-no-título e é looooooooooooooooongo, mas até que não é de todo mal. Pelo menos não tem nada como “do barulho”, “da pesada” ou “muito louco”. Pensa bem, eles poderiam ter traduzido ao pé da letra o original, que é Uptown Girls, e tascado um “Garotas da cidade alta” ;) Ta, tô exagerando. Mas o que pode ser piorado, sempre será.

Tava eu assistindo a Record quando entrou uma chamada para os filmes que vão passar por esses dias. Eu logo reconheci as cenas e já pensei “oba, vou assistir de novo Grande menin...” enquanto o locutor anunciava todo orgulhoso que, dia tal, hora tal, eu poderia assistir “Molly e Ray, amigas para sempre”. De onde viemos? Pra onde vamos? Existe o céu? Pra que mudaram o nome do filme? Por que colocaram um nome tão idiota? Por que eles tiveram que deixar o título com jeito de filme infantil, sendo que ele não é? Isso não é contra a lei?

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Eu também cansei

Cansei de cumprir os dois quarteirões que separam minha casa do trabalho olhando para os lados, com medo, mesmo em uma cidade do interior.

Cansei de ver uma tragédia dando lugar à outra no destaque dos jornais. A mesma coisa pros escândalos e CPIs.

Cansei de buscar qualificação profissional em um país que não estimula empreendedores e um mercado que não dá oportunidades.

Cansei de adiar uma consulta médica, porque não tenho plano ou saúde pública.

Cansei de pagar o dobro, pra engordar os bolsos dos governantes.

Cansei de ver bandidos representando pessoas honestas.

Cansei de votações recordes para ladrões idem.

Cansei de deputados investigando eles mesmos e legislando pra eles mesmos.

Cansei de querer votar bem, mas não ter uma opção pra isso.

Cansei da minha própria impotência.

Mas antes de me cansar lá em cima, me cansei aqui pertinho.

Do que fura fila.

Do que dá calote.

Do que se aproveita do velhinho.

Do que não respeita.

Do que bebe, dirige e mata.

Do que pula o muro pra não pagar a entrada.

Do que se acha superior porque tem dinheiro.

Do que acha bonito ser alienado.

Do que quer ter vantagem em tudo.

Do jeitinho brasileiro.

Do errado ser normal.

Do errado ser certo.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Um super post

Ultimamente eu ando vendo um bucado de filme ruim com um detalhe em comum: o tema super-herói. Então resolvi fazer um postão só, pra matar o assunto (sem dó nem piedade). Na verdade, quando eu assisto os créditos subirem em total desgosto por duas horas perdidas, eu fico imaginando se foi o cinemão que piorou ou se fui eu que fiquei mais azeda com o passar dos anos. Acho que é um pouco dos dois, mas quando o namorido concorda comigo, aí eu tenho certeza que o problema não está só no meu azedume (ele é bem mais complacente).
Acontece que um filme em que alguém tem que salvar o mundo sempre é prato cheio pra que milhares de explosões feitas no computador sirvam pra tapar com entulho os buracos de um roteiro débil mental. É o que eu chamo de “herança Independence Day”. Desde aquele filme, nenhum diretor de arrasa-quarteirões fica satisfeito se não explodir Manhatan ou algo parecido. Onde foram parar os supers interessantes? Ou vai dizer que o Superman do Reeves não era um personagem e tanto? Os Batmans da década de 90 também eram legais, com vilões muito bem desenvolvidos (o Coringa é inesquecível). E o que nos sobrou hoje? Uma sucessão de heróis que não inspiram e vilões que não fedem nem cheiram.
Até o Homem-aranha, que começou a trilogia tão bem... Virou aquele chatolino metido no último filme. E a coisa ficou tão grave que eles acharam que precisavam de 50 vilões pra que a estória ficasse bacana. E o último Super-homem? Foi inovador pra caramba. Pela primeira vez o personagem título foi inteiramente gerado por computador durante todo o filme. Ou vai me dizer que aquele ator-boneco-de-cera parece humano pra você. Mas só pode ser culpa do diretor, porque ele conseguiu transformar um dos melhores atores do universo (o Kevin Space, que eu amo desde Se7en) no vilão mais fraquinho que já existiu. Mais constrangedor que isso, só aquela historinha de amor insonsa.
O último Batman, não lembro nadica, acho que dormi... Hellboy, Demolidor e Hulk nem arrisquei, meu coração não é tão forte.
Enfim, chegamos ao de ontem: O Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado. Um filme com esse nome pode ser bom? Pois é, foi o que eu pensei. O primeiro eu passei de bom grado (o namorido deve ter arrumado algum amigo pra torturar, quer dizer, ir com ele) mas desse não teve com escapar.
Sabe quando você está assistindo um filme e o diretor coloca uma cena totalmente nada a ver, que não tem qualquer relação com a narrativa, provavelmente só pra encher lingüiça? Agora imagine um filme onde todas as cenas são assim... Não sei qual dos personagens é mais insuportável. O Coisa tenta ser engraçado, o Tocha tenta ser garanhão, a Invisível tenta ser sexy, o Elástico tenta ser gênio e o General tenta ser o manda-chuva. Mas o que todos conseguem é ser superchatos.
As piadinhas mais previsíveis e sem-graça estão todas lá. O Tocha perguntando pro Coisa como ele faz pra “furunfar”, o Coisa medindo o grito com um urso (que aliás ganhou o troféu de cena mais despropositada), a Invisível ficando nua no meio da rua, o Tocha paquerando a oficial durona (nem precisa ser bidu pra saber que eles vão ficar juntos no final).
A única franquia que eu tiro da lista é o meu queridinho X-men. Um caso raro na natureza Hollywoodiana em que, não só a trilogia teve 3 filmes muito bons, como eles foram melhorando, ao contrário da maioria que começa bem e não sustenta.
O mais engraçado é ficar ouvindo os comentários do namorido, que sempre foi fanático pelos quadrinhos da categoria. Coisas do tipo: “Não tinha nada disso na história” ou “Ele nunca faria isso, que viagem”. Ainda bem que eu sempre preferi a Turma da Mônica. O texto é longo, mas a culpa é da Terra, que de tempos em tempos teima em correr o risco de aniquilação total.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Isso que é arriscar o pescoço por uma mulher

As propagandas de barbeador, pra mim, estão entre o que há de mais “descriativo” no mundo. Lóóórrico que eu não sou o público-alvo desse produto, então não vou nem julgar se é eficiente ou não. Mas vocês viram a última? O comer(da)cial se passa em um ônibus de viagem. O mancebo acabou de embarcar e vê que deu a sorte de sentar ao lado de uma gatinha. Só que a barba dele estava por fazer, então ele tem a brilhante idéia de ir se barbear, pra aumentar suas chances com a moça, claro. Afinal, a gente aprendeu nessas propagandas que mulher nenhuma resiste a um homem com cara de bumbum de nenê. Não sei vocês, mas acho uma missão meio suicida se barbear dentro de um ônibus em movimento, em um banheiro ridiculamente pequeno e mal iluminado, ainda mais com esse “tapete” que são as rodovias brasileiras. Porém, olhem pelo lado bom da coisa, ele vai ganhar a garota, ao mísero risco de cortar a jugular. Mas tudo bem, porque o nosso herói não sai de lá com um cortezinho sequer. Aí entra o melhor da história. A cena final, em que o rapagote tá deitado no ombro da moça.
Acompanhem meu raciocínio. Você é uma moça indefesa, viajando sozinha, de madrugada, pra visitar a vózinha doente em outro estado. São 7 horas de viagem, você está toda amarrotada e com o estômago enjoado. Daí você acorda com um completo estranho DORMINDO no seu ombro, isso mesmo, babando em você, cometendo a mais alta falta de educação que já se teve conhecimento.
a) Você grita por socorro, afinal, só pode ser um doente mental te atacando.
b) Você empurra ele pra lá bem de leve, torcendo pra que ele atravesse o corredor.
c) Você chama o cobrador pra ele te dar uma mãozinha com a bela adormecida.
d) As três anteriores, com uma boa dose de palavrões.
Porque nessas horas, meu amigo, não adianta barba feita, não. Não adianta ser boa pinta também não. Pra falar a verdade, não adianta ser o Brad em pessoa, porque essa é uma péssima forma de iniciar uma paquera. Acho que pior que isso, só se ele a cutucasse.
Acreditem vocês ou não, ela escolheu a opção e), e deu um sorriso pra gostosão da bala chita. Aposto que no final feliz desse conto da carochinha a essa altura eles já estão casados e com três filhos na cabana perto da praia.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Pensamentos definitivos

Tem pessoas que conseguem colocar em um só texto tudo que a gente sempre sentiu, mas nunca conseguiu definir. Pra mim, um bom exemplo era o Renato Russo. Sempre que eu escuto uma música dele eu penso "Puxa vida, não é que é desse jeitinho mesmo? Como que o cara sabe que é exatamente assim que eu me sinto?"

Eu achei esse texto no Paraíso Surreal, da Silvinha, que é um blog que eu adoro... É tão bacana que eu tive que pedir licensa pra postar por aqui.

O texto é da Adriana Falcão e faz parte do livro "Mania de Explicação".
Enjoy it.


SIGNIFICADOS

Muito é quando os dedos da mão não são suficientes.
Pouco é menos da metade.
Ainda é quando a vontade está no meio do caminho.
Lágrima é um sumo que sai dos olhos, quando se espreme o coração.
Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta para os outros.
Vergonha é um pano preto que você quer para se cobrir naquela hora.
Solidão é uma ilha com saudade de barco.
Abandono é quando o barco parte e você fica.
Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.
Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.
Ausência é uma falta que fica ali presente.
Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.
Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
Emoção é um tango que ainda não foi feito.
Desejo é uma boca com sede.
Paixão é quando apesar da palavra “perigo” o desejo vai e entra.
Excitação é quando os beijos estão desatinados pra sair da sua boca depressa.
Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.
Ansiedade é quando sempre faltam cinco minutos para o que quer que seja.
Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu, sair de seu pensamento.
Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer, mas acha que devia querer outra coisa.
Agonia é quando o maestro de você se perde completamente.
Sucesso é quando você faz o que sempre fez, só que todo mundo percebe.
Sorte é quando a competência encontra com a oportunidade.
Ousadia é quando a coragem diz para o coração: “Vá!” e ele vai mesmo.
Lealdade é uma qualidade dos cachorros, que nem todo ser humano consegue ter.
Decepção é quando você risca em algo ou em alguém um xis preto ou vermelho.
Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.
Prudência é um buraco de fechadura na porta do tempo.
Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.
Pressentimento é quando passa em você um trailer de um filme que pode ser que nem exista.
Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.
Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.
Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas, geralmente, não podia.
Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.
Perdão é quando o Natal acontece em Maio, por exemplo.
Renúncia é um não que não queria ser.
Vaidade é ter um espelho onisciente, onipotente e onipresente.
Amigos são anjos que nos levantam quando nossas asas estão machucadas.
Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.
Sorriso é a manifestação dos lábios quando os olhos encontram o que o coração procura.
Desculpa é uma palavra que pretende ser um beijo.
Beijo é um procedimento inteligentemente desenvolvido para a interrupção mútua da fala quando as palavras tornam-se desnecessárias.
Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado.
Não.
Amor é um exagero... também não.
É um cuidar de... Uma batelada de carinho?
Um exame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?

domingo, 5 de agosto de 2007

Os que se vão

Quando se vão os muito jovens,
lamentamos o desperdício de uma vida.
Quando se vão os que amamos,
indagamos como será daqui pra frente.
Quando se vão os especiais,
achamos sinceramente que o mundo
nunca mais será o mesmo.
Quando se vão de repente,
o choque torna tudo mais difícil.
Quando se vão após longa espera,
é a certeza de um lugar melhor que consola.

Mas não importa quem esteja ali deitado.
A nossa natureza não se prepara
e muito menos entende o porquê.

Descance em paz, Tia.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Presentão

Datas comemorativas sempre são momentos férteis para a propaganda de varejo. E mais férteis ainda para esquizitisses. Tem aquela propaganda da C&A com os rappers cantando (que é legal) e os pais dançando (que é bisonho). A música bate na tecla "eu não quero presentinho, eu só quero presentão...", algo assim. Ótima idéia, pq meu pai, por exemplo, acho que seria uma ótima se nesse dia dos pais eu finalmente resolvesse dar pra ele aquela Ferrarri vermelha que ele viu outro dia na loja... Mas adivinha qual é o presente que fecha as ofertas do comercial... tcha tchan tchan tchan. Uma limonada pra quem adivinhar. Lenços Presidente???? Nãããão. Meias sociais pretas????? Nãããão. Um magnífico trio de cuecas!!! Isso é que é presentão, hein. ;) Acho que meu pai vai até desistir da Ferrari depois dessa.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Medalha de esperteza

O Pan rende mesmo muito assunto, eu gostando ou não dele. Hoje tava vendo na TV o enésimo resumo das medalhas dos brasileiros. No sofá ao lado minha sobrinha que, do alto de seus 5 anos, é bem mais esperta que muito adulto.
Mostrou aquele nadador que carrega duas arrobas de ouro no pescoço, desculpem mas sou ruim de guardar nomes, então vou ficar devendo. Niqui ela faz a observação totalmente sensata: "Eu queria esse monte de medalhas pra mim... (pausa pra eu pensar que acabava de nascer uma atleta, ledo engano) Mas eu ia guardar só metade. Metade eu ia quebrar pra fazer moeda."

Falando nisso, o que que foi aquela cerimônia de encerramento, hein?
Não sei se é pior a notória desorganização do povo lá dentro do campo, se foram os ilustres desconhecidos nas participações musicais (só pq tem Caimmy no nome já tá valendo???) ou se foram as cachorras dançando funk. Nada a ver d++++. O Brasil tem tanta coisa boa, mas eles precisavam ir do super-ultra-intelectual ao super-ultra-música queimação de filme. EU SEI que o funk carioca faz parte da nossa cultura, mas não dava pra ficar no meio termo? Depois não vai reclamar que o sobrenome da nossa pátria lá fora seja bunda-samba-futebol.

domingo, 29 de julho de 2007

As melenas do Dante

Alguém mais aí reparou o TAMANHO dos cabelos do suvaco do Dante ontem na final do Vôlei? ( eu já falei pra vcs que eu sou uma pessoa que repara muito) MINHANOSSINHORA... Será que ele nunca ouviu falar em aparagem higiênica. Vai ver é uma estratégia pra fazer bloqueio triplo: o Dante e seus suvacos. Até facilita, porque a bola embaraça todinha e não passa de jeito nenhum.

Oi, tem alguém aí?

Eu já falei bem da comunicação da Oi por aqui. Mas tem uma estratégia deles agora que eu estranhei. Eles são patrocinadores do Pan, certo? Nada mais lógico que eles fizessem um comercial que tivesse a ver com esportes pra veicular nas transmissões, certo? Acontece que eles já tinha lançado aquela parada de celular desbloqueado (que eu achei bem legal). Então, durante os jogos entrou no ar a propaganda do "ligador". Aparentemente fez sucesso, mas não tem a ver com esporte, o que na minha opinião é estranho. Daí, presumo eu, pra resolver essa questão eles voltaram com aquela propaganda do Ronaldinho no centro de treinamento pra atletas-mutantes. a) a propaganda é antigona, inclusive no final o locutor fala algo tipo "pra Oi o Pan já começou". b) o Ronaldinho faz parte "daquela" seleção, aquela mesmo que nos matou de raiva na última copa. O mesmo jogador que pediu dispensa da seleção. c) o Brasil nunca ganha nada no futebol em Olimpíadas ou Pans. d) o efeito da perna do Ronaldinho no final é muuuuuito tosco. e) o comercial ficou totalmente nada a ver e ficou na cara que é um remendo estratégico.

De castigo...

Sentiram a minha falta? Andei meio adoentada essa semana. Meu estômago não tava querendo muito amizade com qualquer tipo de comida e eu acabei ficando esborrachada no sofá na quinta e na sexta. Depois de passar raiva com a desorganização e superfaturamentos do Pan, fui praticamente obrigada a me render a ele nesses dois dias de castigo. Tô inteirada em todas as medalhas... Falando nisso, aquelas coreografias da ginástica rítmica são impossíveis, não são? Eu custo alcançar meu pé pra cortar unha e aquelas meninas parecem todas um clone da Mulher Elástica. Quais são as chances de alguém encostar a batata da perna na nuca? Eu custo encostar o antebraço.. haha

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Ponto contra

Ah, os comerciais de cerveja... Não vou nem entrar no mérito do machismo que reina nesse tipo de propaganda. Afinal, se os publicitários colocaram na cabeça que é só homem que enche a cara, quem sou eu pra contestar. Mas tem um que eu achei mais estranho que o normal. Num sei que lá é ponto, num sei o que mais é ponto. Até aí tudo bem. Mas aí começa, “a mulherada se empolgando, é ponto”. Alguém aí mais achou superestranho que as mulheres que estavam em baixo, “na platéia” também estivessem no maior frisson por causa das exibicionistas em cima da mesa. Quer dizer, os homens ficarem doidos, tudo bem. Mas eu fiquei pensando que se isso acontecesse, se 3 mulheres começassem a dançar em cima da mesa no buteco, eu não ia achar lindo, não. No mínimo iria ignorar. E com certeza os caras do bar não tavam pegando ninguém. Porque seria muita falta de noção largar sua namorada/esposa/peguete/conhecida do jardim da infância que vc tem intenções de pegar pra ficar babando ovo pra outra. Vai ver o bar inteiro tava dividindo as 3. O final, que o garçom fala “desce redondo, desce”. Sei lá, achei que foi propaganda gratuita pra skol...

Perdida numa ilha, mas comendo com classe

Eu estou em crise de abstinência nessa maldita pausa de Lost. Covardia deixar a gente sem a dose semanal até fevereiro. O trem tá tão sério que eu até sonhei que estava lá na ilha... Coisa brega, né... O mais engraçado do sonho é que os sobreviventes tinham achado um monte de faqueiros nos escombros. E não era qualquer garfo de plástico azul não. Era aquelas coisas chiques, com estojo de veludo e tudo mais. Ló-rrri-co que eu fui lá escolher um pra mim. Se eu fosse resgatada, já tava mais fácil pra casar, né? Mas falando em Lost, eu voltei a assistir a primeira temporada. Tem aquele episódio que fala da gravidez da Claire, o Maternity Leave, acho. Ela fala pro Thomas que a mãe dela ia deserdar ela, no que ele responde que a mulher praticamente já tinha feito isso. Mas quem viu a terceira temporada sabe que isso seria meio difícil, por que a gravidez foi depois do acidente. Alguém aí tem alguma opinião a respeito? Eu fiquei na dúvida se é falha ou se tem uma explicação plausível. Comentários por favor.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Voltei pra tirar as teias de aranha do meu querido blog. Vou tocar num assunto tão em voga por esses dias, o acidente da TAM. Tava assistindo a matéria do Fantástico, por sinal muito bacana, e fiquei pensando num aspecto que sempre tem nesse tipo de tragédia: o fator “inevitabilidade”. Quantas histórias de alguém que se sentiu muito sortudo porque conseguiu entrar no avião no último minuto. Ou a do cara que pegava o mesmo vôo toda semana, mas decidiu não ir por causa do aniversário da filha. Esse é um assunto que sempre fascina, não é mesmo? As grandes ironias da vida, como na minha música favorita da Alanis. Afinal, a nossa vida é cheia de “se’s”. Se eu não tivesse ido àquela festa, não teria conhecido o homem da minha vida. Se eu não tivesse passado no vestibular, não estaria trabalhando onde estou. Se a minha mãe estivesse com dor de cabeça naquele dia... Por aí vai.

O cinema sempre lucra com essa obsessão natural de saber como poderia ter sido o que não foi. Tem um filme altamente recomendável sobre esse assunto, que chama “De caso com o acaso”, com a Gwineth Patrol (sei lá se escreve assim, priguisss de googlar). É legal que o filme mostra a diferença que pegar ou não um trem pode fazer na vida de alguém, ao mesmo tempo que alguns episódios acontecem independetemente de nossas escolhas ou vontades. Eu acredito muito nisso. A gente traça nosso caminho, mas só até um certo ponto. Algumas coisas simplesmente teriam que acontecer, não importa o que façamos. É engraçado que isso soa um pouco confortável, já que às vezes tudo acaba se resolvendo. Mas por outro lado, é ruim pensar que, não importa o que você faça, nunca vai ter realmente o controle da situação. Quer dizer, claro que temos que batalhar pelo que queremos, e não ficar sentado esperando cair do céu. Mas também tem que relaxar um pouco e não ficar a noite em claro preocupado com um problema que não consegue resolver (como eu sempre faço).

Acho que isso também é um dos elementos que fizeram Lost ser uma série tão querida. Em uma tragédia assim, a gente sempre quer saber quem são aquelas pessoas que tiveram suas vidas congeladas para sempre. É isso que Lost nos mostra. Outra coisa que também tem a ver com o seriado é como nossa vida, ou a falta dela, afeta as pessoas ao redor. Imagine só a família que perdeu a vó e as duas netinhas. Os amigos, as colegas de escola, os vizinhos. Quantas pessoas serão afetadas. Eu penso nisso quando lembro que minha família nunca mais foi a mesma depois que a minha Vó, a Matriarca, morreu. E olha que não foi nenhuma tragédia assim, foi velhice mesmo. Se a pista fosse mais longa, se o piloto tivesse conseguido arremeter, se não estivesse chovendo... Só nos resta a incerteza se esse episódio faz parte da categoria destino ou da categoria descaso.
O texto é longo, assim como é a tristeza.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Meus sentimentos para estas 186 famílias.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Brasil-sil-sil

Assunto antigo, eu sei, mas vou falar da escolha do Cristo entre as 7 maravilhas. Pra variar, o que venceu mesmo foi o "jeitinho" brasileiro. Fazer campanha pra votar no Cristo???? Ridículo. A idéia era escolher pelo valor histório-cultural, e não pelo valor sentimental-patriótico. Deu até vergonha ver a lista, mostrando o Cristo do lado de monumentos como a muralha da China. Deve ser porque no Brasil ninguém vence na vida por mérito, só por QI (quem indica).
Desculpem aí quem votou super bem-intencionado. Mas eleger o Cristo pra maravilha não ajuda nada o Brasil. Ajudava mesmo era se fosse pra eleger alguém que tivesse um milésimo das virtudes Dele pra presidente da república. Vai atrair turistas? O Rio é um lugar realmente deslumbrante, mas atrairia mais turistas se tivesse melhor infra-estrutura e não parecesse um campo de guerra.

Falando em presidente, foi só eu que se sentiu completamente realizada com as vaias ao Lula? O mais engraçado foi o Galvão colocando panos quentes na situação, dizendo que o público começou a vaiar porque colocaram que a cerimônia iria começar dentro de 10 minutos, ou seja, com meia hora de atraso. Só no Brasil mesmo, né? Pra atrasarem a cerimônia de abertura porque nem todas as delegações haviam chegado. E, mais uma vez, vem o Galvão Ufanista Bueno dizendo que era assim mesmo, que todo evento desse porte acontece isso. Não, Galvão. Aconteceu isso porque não investiram em melhorias do trânsito na cidade. Se o evento era na hora do rush, eles eram mais que obrigados a estarem preparados.

Falando em investimentos e Pan, eu tô é com raiva desse evento maldito depois que li que o orçamento inicial foi estourado em quase 800%!!!!! Ainda se fosse investido na cidade, mas não. Tudo pra engordar a pança desses ordinários no poder... Né por nada não, mas quando eu lembro disso, fico ainda mais azeda. Eu gosto de assistir esportes, mas quando lembro da cifra que ultrapassa 3 bilhões... não dá pra não azedar.

Em tempo...

O casamento foi leeeeeeeeeeeeeendo. Vou mandar as fotos pra costureira...

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Comunicado

Desculpem a falta de posts. Tô na correria meeeeeesssmo. Semana que vem deve voltar ao normal, ok? Obrigado pela preferência e voltem sempre. Postamos bem para postar sempre. Fiado só amanhã. hehe

Não vou mais de calça jeans...

Lembram que eu falei da história do vestido que a costureira não entregou? Pois é, peguei o pano com ela e uma prima me ajudou a fazê-lo. Graças a Deus deu certo e o vestido ficou leeeeeeendo. Yuhuu. Dá vontade de ir lá esfregar na cara da nojenta. E vocês acreditam que ELA não olhou na minha cara o dia que eu fui pegar o pano? O que que ela queria? Que eu esperasse pacientemente até meia hora antes da cerimônia pra fazer a primeira prova???? Estressei mesmo. Faltando uma semana pro casamento, só se eu ficasse de molho na maracujina o dia todo pra não estressar. As outras madrinhas também deu certo. Um ela fez, o outro a menina desistiu e alugou.

Mais pérolas de um limão petiz

Cena 6 – Tem uma coisa que me irrita é adulto enganar criança. Tipo quando fala que o bicho papão ou o homem do saco vai pegar se fizer travessura. As crianças acreditam e ficam traumatizadas. Eu sou a prova viva, olha essa história. Imaginem uma pititinha morena, de cabelos beeeeeeeeeem lisos e muuuuuuuuito pretos. Imaginou uma indiazinha? Pois é, era eu. Então todo mundo me chamava assim, de indiazinha. Mas tinha uns que vinha com a brincadeira: “Cuidado, que se um índio ver você, vai querer te levar pra tribo dele, hein?”. Eu morria de medo de índio, quer dizer, morro até hoje... Se eu encontrar com um patachó por aí, acho que saio correndo. Pra vocês verem que eu era bocó desde a mais tenra idade.


Cena 7 – Eu devia ter meus 10/11 anos, então não era mais tão inocente, mas nem por isso deixei de cometer “pequenos deslizes”. Teve esse dia em que fui dormir na casa da prima e a energia acabou. Coisa mais chata para uma criança não ter luz, porque a única alternativa acaba sendo ir pra cama mais cedo. Acontece que estava um calor senegalesco e tava difícil até de dormir. Então tivemos a brilhante idéia de ir buscar um ventilador. E o mais engraçado foi as duas pirralhas andando pela casa, no escuro, com velas acesas, na maior dificuldade procurando o bendito. E foi só na hora que fomos ligar na tomada que olhamos uma pra cara da outra e caímos na gargalhada. Esse dia eu bebi o fôlego, viu? Pra vocês verem que eu era desligada desde a mais tenra idade.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Momento Jabá

Por favor, leia isso aqui.

Minha nada mole vida

Tem coisas que acontecem na minha vida que parece que eu estou inventando, de tanto que é absurdo. Mas essa infelizmente é a mais pura verdade. Resumindo: Sábado, dia 14, vou ser madrinha de um casamento. Tem uns 2 meses que levei o pano pra costureira. Ela está fazendo o meu vestido e de duas outras madrinhas. Até ontem ela tava enrolando a gente e não tinhamos nem feito a primeira prova. Depois de muito choro e ranger de dentes ela foi na minha casa. Detalhe, tinham só dois vestidos montados só no forro e adivinha o de quem não está nem cortado???? Um bem-casado pra quem disse que é o meu. Foram 45 minutos de silêncio e cara de bunda enquanto ela fazia os ajustes. O único som foi o de um alfinete que caiu. E o foda que está muito em cima da hora pra fazer qualquer coisa, alugar, achar outra costureira... Já estou acostumando meu coraçãozinho com a idéia de entrar na igreja de calça jeans. Agora só falta acostumar o da noiva. Detalhe, as outras madrinhas vão viajar depois da última prova e só vão ver os vestidos prontos com os bordados algumas horas antes do casório. É mole???

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Os 5 Estágios de uma Girafa na Areia Movediça [ LEGENDADO]

O vídeo dispensa comentários, não dá pra não rolar de rir. Agora reparem no segundo estágio. É exatamente assim que eu dirijo. Sou uma motorista meio impaciente, sabe?

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Embalos de terça a noite

É, ficar mais velha é um porre, mas reunir pessoas que você ama pra detonar uma torta holandesa faz as coisas parecerem digamos, mais gostosas (e calóricas também). Mas faz todo o sentido, porque se você engorda o rosto, acaba esticando as rugas, hehe. Ah, eu também me dei de presente o DVD do meu filme favorito no universo, Clube da Luta.
Mas falando em aniversário, lembrei que um dia desses eu tava com minha prima na net e ela entrou no orkut. Eu pedi pra ela achar o orkut de uma outra prima nossa, que faleceu no começo do ano. Como ninguém tem a senha dela, não tem como tirar do ar. Detalhe: é que eu sou a única a não fazer parte dessa bagaça de orkut, quer dizer, eu e uma garota que mora em uma vila no leste da Índia, na casa de portão azul. Somos duas excluídas...
Voltando pra história, há alguns dias foi aniversário dessa prima que faleceu. Tinha vários recados pra ela desejando uma festa de arromba, um dia feliz, esse tipo de coisa. Eu sei que o orkut avisa automaticamente que alguém tá fazendo aniversário, mas eu fiquei pensando que no mundo virtual (e às vezes no real também) esse é o tipo de “amigo” que você faz. Eu olho aquele numerozão entre parêntese do lado do nome da pessoa e penso: Caráleos, fulano tem 6.753.223.654 amigos?!?!?!? Amigos que nem sabem se você está viva... Tá, eu sei que não é só esse tipo de amigo, que você pode usar o orkut pra ficar em contato com a família que mora longe, o amigo de facu que voltou pro maranhão, a turma do Pré... mas com relação a amizade eu sou meio “old fashion”. Gosto de manter poucos amigos verdadeiros (pra dividir uma mísera torta holandesa e jurar que teve um festão) em vez de ter 85.489.305.830.948 colegas pra acenar tchauzinho quando encontrar no shopping.

Fight Club Trailer

Tem gente que acha que esse filme é sobre violência. Pra mim é exatamente o oposto. É sobre apatia. É sobre conformismo. É sobre como o mundo que vivemos é uma mera soma de percepções. Como somos manipulados e manipulamos o tempo todo. É sobre como ninguém está realmente prestando atenção, apenas pensando no que ela própria quer falar. É sobre como é mais fácil viver para as suas coisas do que para as suas pessoas. É sobre como o que todo ser humano mais quer é ter uma “verdade” em que acreditar e fazer parte de algo maior, mesmo que seja apenas uma irmandade de brigões. É sobre como as pessoas se apegam a essas “verdades” e as transformam em verdades. É sobre como, às vezes, a única maneira de se sentir vivo é sangrando. Infelizmente, muita gente não entendeu o recado irônico da estória, preferindo odiar a entender a mensagem do filme. A própria atendente da locadora me disse que era uma bosta. Ainda bem que eu sou do contra. Esse é definitivamente meu filme favorito, e olha que eu sou xiitamente contra violência física. Irônico, não? Se você ainda não viu, recomendo muito que assista, mas assista sem preconceitos.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Feliz Aniversário? Feliz???? Como assim????????

É amigos... esse limão que vos fala completa hoje 25 anos dependurada no pé. Você tem noção que isso é um quarto de século???? Como não poderia deixar de ser, já que eu odeio tudo, também não gosto de fazer aniversário. Coisa chata isso de ficar mais velha. Sou Peter Pan total. Tô quase dando birra (batendo os pezinhos no chão) aqui pra não ficar velhinha-caduca. Tô psicada, fico olhando no espelho de pertinho, em vários ângulos, pra ver se acho a ruga comemorativa. Graças à maravilhosa genética de papi e meu banho de formol noturno, nem sinal dos "sinais do tempo". Ainda passo por uma debutante tranquilamente. Nem na boate me deixam entrar se eu não mostrar a identidade. Outro dia fui fazer ficha numa loja de departamentos e a tia me perguntou candidamente se eu já era de maior. Ô querida, tem só sete anos que eu posso ser presa. Falando em "de maior", crise mesmo eu tive quando eu fiz 21. Putz, já pensou que responsa, ser adulto mesmo, sem desculpas para suas atitudes tresloucadas. Não podia nem por a culpa nos hormônios adolescentes mais. Anyways, outro dia o namorido achou um fio claro na minha cabeleira e já veio esfregando na minha carinha-linda: "olha um fio de cabelo brancooooooo....". Que nada meu amor, é um fio lindo-leve-e-loiro, parte das luzes que eu fiz. Eu, hein. Essa coisa de envelhecer é ainda mais chata porque você tem que se portar diferente, só por causa de um mísero numerozinho. Daqui a pouco vão dizer que eu não posso ficar vidrada nas Barbies quando entrar na loja de brinquedo, ou que não posso ostentar meu chaveiro e-nor-me da Hello Kit, ou que não posso amar tudo que é cor-de-rosa. Ser (cada vez mais) adulto é muito chato. Definitivamente.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Greatest hits

Acho que já está todo mundo sabendo da polêmica canção (corre que já já eles tiram do ar) entoada pela digníssima Eliana Dedinhos no “Nunca se Sábado”, né. Eu tava aqui matutando que o grande auê em torno disso é por causa do jeito de boa moça dela, porque foi apresentadora infantil e talz. É igual aquela prima tímida que solta um arrotão no almoço de domingo. Fica mais engraçado porque é inusitado. Agora, caros amigos, imagina se fosse a Sandyléia? Ia ou não ia ser inusitado-beirando-o-fim-do-mundo? Então eu achei que era meu dever cívico dar início a uma campanha blogueira “Sandy, cante vai tomar no cú”. Alguém aí se habilita a me ajudar a passar a campanha pra frente?

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Dotô, tô sofrendo de ansiedade no meu rim e no meu baço

Sempre que a gente pára num semáforo é uma chateação, com aquele povo vendendo coisas ou pedindo ou jogando fogo pro alto. Mas de vez em quando tem um que entra pros registros. Ontem foi engraçado. É que dentro do carro estavam duas primas minhas, ambas com curativos enormes no nariz, por causa de cirurgia plástica que elas fizeram (detalhe: fizeram no atacadão, as duas juntas). O cara foi chegando perto do carro com aquela “cara de dó”, olhou pra elas, tomou um susto e soltou um “Tá foda, hein?!?! Meu menino também foi atropelado.” Claro que todo mundo dentro do carro transbordou de rir, e o cara lá fora sem entender por que um acidente de trânsito poderia ser tão engraçado.
Mas o melhor ainda estava por vir, porque ele ignorou nossas gargalhadas e começou com aquele papo de meu filho está no hospital, precisando disso, daquilo, blah blah blah wiskas sachê. Claro que o papel que ele estava segurando pra “provar” como a vida foi cruel com o filho dele aparentava ter no mínimo uns 3 anos de uso diário em semáforos. De qualquer forma, um segundo antes que o sinal abrisse, ele soltou a pérola: dentre tantas mazelas, o moleque foi diagnosticado com “ansiedade generalizada”.

Extra, extra, extra

Até que enfim uma notícia boa. Gente, estou pimpona de tão feliz. Ontem a veterinária ligou e me deu a melhor notícia do mundo. A Olga NÃO TEM UM TUMOR!!!!!!!!!!!! O exame apontou um problema menor, chamado degeneração gordurosa. O que acontece é o niguinti: por alguma razão ela ficou sem comer (não foi culpa minha, nunca ridiquei comida pra ela, pode ter sido algum estress ou frescurite felina) e isso fez com que acumulasse gordura no fígado dela, causando a morte de algumas células. Bom, foi mais o menos isso que eu entendi pela explicação da vet. Graças a Deus não é grave e está sob controle com os remédios que já demos pra ela. :)

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Pan...demônio

Eu recebo por e-mail textos da Revista Caros Amigos. O último que li é do Juca Kfouri falando do Pan. O texto dele é bem legal e me inspirou a desabafar o quanto eu acho uma tremenda duma palhaçada esse evento. Quer dizer, não o evento em si, que eu acho esporte muito bacana. Mas, como sempre, as “toridades”, os nossos queridos governantes, conseguiram transformar algo legal em uma vergonha continental para o povo brasileiro. E esse povo ainda quer sediar Olimpíadas, Copa do Mundo.. Deus me livre, o caos vai ser multiplicado pelo infinito.
Eu não sou dessas pessoas que acham que todos os outros países do mundo são melhores que o meu, sei que aqui tem muita coisa boa, que aqui é minha casa. Mas às vezes queria ter mais orgulho do meu país. Às vezes eu penso que só jogando uma bomba atômica e começando do zero pra esse país ter jeito. Às vezes eu penso que bastavam medidas simples (e sempre batidas nos discursos de candidatos), como investir na educação e diminuir a desigualdade social. Mas a verdade é que escândalos vêem e vão, daqui a pouco esse também será esquecido junto com todas as CPI’s e operações da Polícia Federal com nomes criativos. Quando nossos atletas estiverem lá no pódio, mais uma vez vamos encarnar “a alegria do povo brasileiro” que tanto nos faz famosos lá fora e tanto nos faz de bobos aqui dentro.

Bem que esse R$1,6 milhões poderiam ser meus...

Falando em jogos e competições, já viram a logo da Olimpíadas de Londres 2012? Putz, eu sei que é chato chutar cachorro morto, que já detonaram a logo-que-mais-parece-feita-por-um-menino-de-13-anos-mas-custou-a-bagatela-de-R$1,6 milhões, mas não dá pra não comentar.
O troço é feio demais, mermão. E o pior, me lembra os abomináveis e coloridos anos 80. Eu olho praquilo e fico imaginando as meninas da ginástica rítmica de polaina, ou um novo esporte olímpico: campeonato de Gênius. Aquela coisinha psicodélica até ataque epilético provocou. Fora que não dá pra ver que aquilo é 2012 se não te contarem, o nome de londres precisa de lupa pra ser lido e por aí vai... Eu é que não queria estar na pele do comitê organizador e muito menos da agência que fez. Tem 50 mil petições na net pra mudar a logo, mas deve ser muito foda dar o braço a torcer nessa altura do campeonato. Imagina eles reconhecerem a merda que fizeram e apresentarem outra logo? Não é uma decisão fácil, mas também não é fácil ignorar as críticas, afinal 2012 tá longe...

Clique aqui para ler o texto do Kfouri e aqui pra ver a logo horrenda (link não recomendado para pessoas de visão sensível).

segunda-feira, 25 de junho de 2007

King Kong está à solta...

Imagina que você tem uma pessoa no seu MSN que tem o mesmo nome do seu namorado. Imagina que você vai conversar com essa pessoa pensando que ela é o seu namorado. Imagina que você adiciona essa pessoa a uma conversa com suas amigas e fala um monte de besteiras (como sempre acontece entre amigas). Imagina que você só descobre isso quando muito tempo depois seu namorado simplesmente te fala que nunca participou da conversa citada. Imaginou? Micão, né?

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Nem todo fim é ruim

Domingo eu tava vendo no Fantástico a dupla Sandy e Júnior. Não que eu goste deles, mas teve uma coisa que eu achei muito interessante. O Júnior, que sempre viveu à sombra da irmã-carrasca-certinha-tenho-sempre-a-razão-e-adoro-interromper-quando-meu-irmão-fala, comandou a conversa. Deu até pra gente ver que o rapaz sabe conversar. Acho que o fim da dupla foi a melhor coisa que aconteceu pra ele. Agora ele não vai ser mais o “aquele muleque irmão da Sandy”. Vamos combinar uma coisa, ela pode até ter a voz melhor que a dele, mas vai ser sem sal (e chata) assim lá nas montanhas cheias de monges do himalaia.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Post ecologicamente correto (reciclado)

Eu tinha feito um texto sobre super-heróis pra participar da promoção de um site. Acontece que o texto nunca foi publicado, o que eu acho um desperdício, já que ele é ótemo (modéstia não é o meu forte). Bom, como eu ando apertada de costura aqui e minha vida anda de cabeça pra baixo, vou postar ele pra não deixar meus queridos leitores na mão, sem texto novinho em folha.


Vai sair assim pra salvar o mundo?

Este texto é sobre um dos principais pontos de discórdia quando o assunto é história de super-herói. Não, não estou falando da eterna discussão sobre qual poder é melhor, se é o do Super-homem, do Wolverine ou do Aquaman e por aí vai. Muitos consideram fútil, mas na verdade esta é uma questão de suma importância na construção e no sucesso de um personagem que salva o mundo diariamente. Estou falando do figurino. Pense bem, não é justamente a roupa que diferencia o super de seu alter ego normalzinho? Em alguns casos, basta uma máscara sem-vergonha. Quantas polêmicas você já viu em torno do gosto duvidoso das cores berrantes, capas démodés e colantes pouco lisonjeiros que enfeitam o diversificado mundo dos super-poderes. Então, aproveito para discorrer sobre as piores e as melhores fantasias de super-heróis de todos os tempos. Não é um top 10, mas já dá pra se divertir um pouquinho.

Super-homem – Os fãs podem protestar à vontade, mas o campeão em popularidade na turma é também o campeão das piadas maldosas sobre seu costume, digamos, fashion. A gente até releva o azul e o vermelho que lembram o ufanismo americano desenfreado. Mas do gel no cabelo (com direito a uma ondinha tosca na testa) às botinhas de paquita, o cara faz de tudo para não ser levado à sério. Agora, me diz o que adianta ser conhecido como o homem de aço se você tem que desfilar por aí com a cueca por cima da calça?

Mulher-maravilha – Os homens podem até ficar suspirando por esta heroína, mas, vamos entrar em um acordo. Você tem que lutar com os piores vilões da galáxia e vai escolher uma roupa tão desconfortável? Nós mulheres sabemos que a blusa tomara-que-caia não tem este nome por acaso. A parte de baixo, que fica no meio termo entre uma calçola e um shortinho do Tchan também não deve ser o ápice do conforto no vestuário feminino. 10 no visual, 0 na praticidade, reprovado com média 5.

Batman – Este sim tem um senso estético invejável. Apesar de ser um herói totalmente atípico, que não tem poderes, é podre de rico e se inspira em um morcego (?), o Batman arrasa. Naquela série de TV antigona, recheada de POWs, SOCKs e outras tosquidões, o figurino encaixava direitinho no tom de humor da produção e na barriga imensa do ator que encarnava o personagem. Nos filmes, entra em cena um visual no melhor estilo pretinho básico de dar inveja na Sra. Chanel. E a capa, que todo mundo achava que era para ficar bem na foto, pasmem, agora serve até pra fazer um homem normal voar. Isso sem contar o cinto 1001 utilidades, que qualquer um morreria para ter. Viu como os super-poderes estão mesmo na roupa?

Chapolin Colorado – Este personagem já seria o meu favorito na lista só por ser um super-herói mais com cara de Brasil. Um macaquinho vermelho, uma cauda de fraque (??) e um par de anteninhas. Tá bom, é uma combinação pra lá de inusitada, mas é esse exatamente o charme. Tanta simplicidade, que aliás é a cara do próprio herói em questão, rendeu a esta vestimenta o posto de mais copiada para festas a fantasia. Me fala se você já foi em alguma que não tivesse este super-fofo que toma pastilhas polegarinas e mais atrapalha que ajuda?

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Cada esquina guarda uma surpresa

Tem horas que Deus prega peças na gente mesmo, né. Sabe quando você espera muito muito muito por uma coisa acontecer? Então. Hoje eu vou reencontrar duas pessoas que eu gosto pacarái e que não vejo há vários anos. Mas é claro que o Limão não poderia ser totalmente feliz, mesmo que seja por pouco tempo. Depois vocês não entendem porque eu sou tão ranzinza. Acontece que amanhã tá programado pra sair o resultado da punção da Olga. Então, se o exame não for muito animador, eu vou ter que me dividir entre o céu e o inferno. Acho que eu não estou com vontade de saber esse resultado não, viu? Hoje ela (a Olga) estava numa miação, toda carente. Parece que a bichinha tá sabendo o que está rolando com ela. Pior foi o digníssimo que vira pra mim ontem e me fala que ela está se despedindo. Dá vontade de bater no sem-noção, não dá? Despedindo o caráleo. Não dá pra ter um pouco de fé? Ou pelo menos fazer de conta que tem? Ah, queria aproveitar o post pra agradecer a todos os amiguinhos que dão uma força e sempre perguntam da Olga. E se você gosta de gatinhos, clique aqui e se derreta com uma seção "awwwwwwww ti fofo". Melhor ainda pra quem fala inglês.

Post sem-gracinha, né? Apesar de estar feliz tô sem inspiração pra tentar ser engraçadinha.

Fala se ela não é linda...

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Tua ilharga lhana por acaso é elogio????

Eu vou dizer uma coisa pra vocês. Eu o-dei-o o Caetano Veloso. O cara é um chato, as músicas são uma “dor na bunda”, como diriam os americanos. Aquelas letras que não falam nada com nada, com verniz pseudo-intelectual são uma grandessíssima palhaçada. O cara deve passar o dia folheando o dicionário pra achar palavras “difíceis” pra compor, só pode. O que mais me irrita é que é cool falar que gosta de Caetano Veloso. Não que eu acho paia as pessoas que gostam dele. O que acho paia é neguim que só conhece “Você é linda” falar que curte o som só pra posar de bacana.
Dito isso, eu queria mesmo era comentar da novela envolvendo o Caetano e Luana Piovani, que é outra pessoa que eu não sou assim muito fã. Vocês devem saber da história, que ela espalhou aos 4 ventos que ele escreveu uma música pra ela e que ele negou e que ela pagou o maior carão e que virou a maior palhaçada e que por aí vai... Agora o cara disse que era isso mesmo, que parte da música foi mesmo inspirada na mulé. Ai Meu Santo Ricardo Manuel das Novelas Mexicanas da Televisa, é muita vontade de fazer polêmica, né não? Por que não admitiu antes? Se não queria admitir antes, por que agora? Se a intenção era aparecer, não era mais fácil passear no pelourinho pelado com uma jaca pendurada em cada orelha? Pelo menos ia ser engraçado...

Mas você pode entrar nesse link aqui, dar umas risadas com essa história toda e ainda comprovar o que eu falei lá em cima: que o cara é muito chato (acho que a música é trilha sonora perfeita pra arrancar um dente, quanto sofrimento) e que as letras são rebuscadamente toscas.
Fora que a música é uma pornografia só...

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Ordem e progresso

O caos liberta a criatividade.
Mas é a ordem que alimenta a produtividade.


Tô tentando me nortear e organizar minha vida segundo esta grande verdade.
Tá difícil, mas vou ver se começo pela mesa de trabalho...

terça-feira, 12 de junho de 2007

Mais pérolas de um limão petiz

Aos poucos eu vou lembrando de mais coisas toscas/engraçadas/absurdas.

Cena 4 – Sabe aquela música que sempre toca no “Lar Doce Lar”? “Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada...” Pois é, quando eu era uma menininha inocente, eu não entendia o que significava. Quer dizer, eu ainda não entendo, mas sei que é uma linguagem metafórica. Naquela época eu nem sabia o que significava a palavra “metafórica”. Então ficava pensando: “Quem poderia ser burro o suficiente pra querer comprar essa casa idiota? Como vai morar nela se não tem chão? E como vai fazer xixi se não tem porta? Eu, hein? Que casa besta! Adulto tem cada uma...” Pra vocês verem que eu já estava preparada pra comprar minha própria casa na mais tenra idade.

Cena 5 – Já comentei aqui que sou uma leitora voraz. E mesmo antes de aprender a ler, eu já nutria um fanatismo pelas palavras impressas. Era meu sonho poder parar de pedir pra limãe ler pra mim e conquistar minha independência literária. Quando entrei na pré-escola, a professora disse que ia nos ensinar a ler no segundo semestre, em agosto. Claro que eu aguardei ansiosamente o mês do cachorro louco chegar. É por isso que, no primeiro dia de aula depois das férias eu voltei pra casa emburrada. Limãe questiona minha tristeza e eu digo que não vou voltar mais pra escola. “Ué, mas você adora a escola. É limãe, mas a professora mentiu pra mim. Ela disse que ia ensinar a ler depois das férias, e ela não ensinou.” Como é que eu ia saber que aprender a ler não era assim, uma coisa de um dia. Acho que eu pensava que ela ia apertar a tecla sap e eu ia sair lendo tudo automaticamente. Pra vocês verem que eu era imediatista na mais tenra idade.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

7

Nossa, quase uma semana sem postar. O tempo tá curto, gente. Eu sei que vocês me entendem.

Uma colega blogueira que transmite daqui me passou a árdua tarefa de revelar algumas verdades por baixo da casca deste limão que vos fala. Vou tentar, mas tenho certeza que vou ficar encucada se era isso mesmo que eu deveria ter escrito. Com certeza amanhã vou pensar completamente diferente... mas tá valendo.

7 COISAS PRA FAZER ANTES DE CAIR DO PÉ (antes de bater as botas)
-Conhecer o Taj Mahal (claro, ao lado do “comedor de alho”)
-Ver meus (2) filhos (que ainda vou ter) se formando
-Escrever um livro (de preferência que venda muuuuito e seja adaptado prum filme em róliúdi)
-Fazer mais umas 3 faculdades em áreas totalmente diferentes da primeira (sou uma nerd, eu sei, mas adoro aprender coisas novas)
-Assistir um show da Madonna
-Transformar meu fusquinha 73 em um puta Hot Rod de colecionador
-Fazer uma tattoo hediondamente grande (tipo a da Tati Mancini, pra garantir uma úlcera crônica na limãe eu um processo de “deserdamento”)

7 COISAS QUE EU MAIS DIGO
-Putaquepariu (é tão libertador)
-Eu odeio (insira qualquer coisa aqui, porque eu tenho uma infinita capacidade de odiar as coisas)
-Que raiva! (estresso por quase nada)
-Ai! (sou muito desastrada, vivo me machucando, batendo nas coisas)
-Por que eu não posso ter a minha própria ilha? (quando as pessoas me irritam eu acalento este sonho de ter um pedacinho de terra cercado por um montão de água pra manter a civilização beeeeem longe)
-Onde será que está (inserir qualquer objeto aqui, porque tô sempre perdendo as coisas na minha bagunça)?
-Ah, quer saber, to pouco me fudendo (claro que eu só digo isso quando na verdade eu me importo sim, e muito)

7 COISAS QUE FAÇO BEM
-Escrever (pelo menos deveria, já que é meu trabalho)
-Guardar segredo (juro que sou um túmulo)
-Costurar (sou uma garota de muitas utilidades, hehe)
-Criticar tudo e qualquer coisa (principalmente eu mesma)
-Argumentar (adoro convencer as pessoas do meu ponto de vista, fazer o que se eu estou sempre certa...)
-Encontrar erros (graças ao meu detalhismo, sou ótema pra prever se vai dar alguma merda)
-Encontrar boas pechinchas (a-d-o-r-o uma liquidação)

7 COISAS QUE NÃO FAÇO
-Trair (seja namorado, amigo, ou mesmo conhecido)
-Estender a cama de manhã (sou uma baderneira incurável)
-Comer banana ou goiabada (duas coisas que eu morro de nojo e não como nem a pau)
-Falar “oi” e “tchau” (agora ficou parecendo que eu sou mal-educada, mas não é por querer. Juro que faço sem ver. Eu tenho que fazer um puta esforço pra lembrar desse tipo de boas maneiras)
-Chegar na hora em um compromisso (sou uma atrasilda crônica, o único lugar que eu consigo chegar na hora é o cinema, até por que também não assisto filme pelas metades)
-Fingir que gosto de alguém que não gosto
-Comprar coisas caras ou não honrar minhas dívidas (a única área em que sou organizada é a financeira)

7 COISAS QUE ADORO
-Ler
-Gatinhos (os que fazem miau, tá bom? Não precisa ficar com ciúme moço que me namora)
-Aprender
-Beatles
-Reclamar
-Bolsas
-Lost
(Falando em namorido, tenho certeza que ele chegou ao fim da lista de coisas que eu adoro e se perguntou “E eu?!”. Claro que ele está um degrau acima disso tudo, né. Não dá pra comparar com uma banda ou um programa de TV)

7 COISAS QUE ODEIO
-A rosquinha que Deus colocou em volta da minha cintura (e saber que o chocolate que eu tanto amo comer vai direto alimentar a minha rosquinha)
-Burrice/ignorância (principalmente quando a pessoa ainda tem orgulho disso)
-Que invadam minha privacidade (entrar no meu quarto sem bater na porta é a morte pra mim)
-Ter dor de cabeça (sofro com enxaqueca desde a infância)
-Que pessoas estranhas (que eu não conheço) me encostem
-Ter que fazer uma coisa que eu não sei fazer bem (odeio fazer algo e ficar mal feito, sou muito perfeccionista)
-Depender da boa vontade alheia

Poxa, é difícil enumerar a gente assim, né.
Custei, mas espremi 42 gotinhas de sumo ou vitamina C.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

A evolação da espécie... ou não.

Outro dia eu tava vendo uma reportagem sobre Darwin. Eles estavam falando de como a evolução (segundo a teoria do referido) seleciona os melhores e perpetua seus genes. Pra exemplificar, mostraram um bichinho que tem a pata azul. Resumindo a história, essa espécime nem sempre foi assim. Mas um belo dia nasceu um mutante com pisante mais fashion e as fêmeas ficaram muito loucas por ele. Resultado: Ele procriou mais, passou seu gene mutante pra frente e seus descendentes também tinham mais chances na paquera, gerando uma reação em cadeia. Hoje toda a espécie tem a pata azul. Que papo científico-mendel-ervilhas-verdes-rugosas é esse, Limão? É que eu tava divagando e tive o seguinte lampejo de lucidez. Se for aplicar essa teoria para os humanos, podemos pressupor que as pessoas mais bonitas têm mais chances de acasalar, certo? Então por que será que os feios não entraram em extinção ainda?

terça-feira, 5 de junho de 2007

Bobo-rat (eu sei, o trocadilho é péssimo, mas é pra combinar com o filme)

Finalmente eu criei coragem e assisti Borat. Digo criei coragem porque eu tinha a plena certeza que eu ia odiar o filme. Previsão que acabou se cumprindo com louvor. Não vou nem classificar como pior filme de todos os tempos, que ele não merece honrarias. Engraçado que, como de praxe, digitei Borat no gugól e só achei mais UM filho de Deus que também detestou o filme. Todo mundo adorou... Eu não sou desse planeta mesmo.
Tão dizendo por aí que o filme é uma crítica inteligente ao american way of life. Tá bom, de repente ficar duas horas fazendo piadinha sobre incesto, judeus, cocô e sexo virou sinônimo de inteligência. Era mais honesto se assumissem o filme como uma comédia pastelão pura e simplesmente. Meu QI deve ser baixo demais pra ter entendido a “crítica sagaz” por trás da escatologia. Acho que só faltou pum mesmo. Não vou ser ranzinza a ponto de dizer que escatologia não pode ser engraçado, mas eles forçaram tanto a barra que ficou só grotesco. Não sei se sou só eu que não acho A MÍNIMA GRAÇA em estupro. Tem coisas que simplesmente não se deve brincar. Mas o fato é que metade das piadinhas me soavam previsíveis. Como a hora que ele diz que não ia atrás da Pâmela por que senão a esposa ia arrancar o pinto dele. Não precisa ser Bidú pra adivinhar o que acontece em seguida, a baranga cazaque morre. Quando ele serve queijo pro político, você já fica esperando que ele vai falar que esse queijo é de algum tipo de leite “diferente”. Parece piada pronta, o que o Zorra Total já vem fazendo há anos (e sem sucesso).
Por favor, não façam uma cena de dois homens pelados lutando (aliás, também não sou a favor de cenas de mulheres peladas lutando... pra falar a verdade, lutinha simulando relação sexual é vulgar, com ou sem roupa), especialmente se essa cena durar uns 40 minutos. É desconcertante demais pra ser engraçado, acho que até mesmo pra quem gosta do filme.
Também falaram que nada era armado, que tudo era espontâneo. Então tá, e eu nasci ontem. As cenas no antiquário e as cenas com a Pâmela são as mais (claramente) armadas, e as mais sem-graça. A ÚNICA cena que eu dei um sorriso (Monalisa) foi a que ele deixa a mala cair e o frango faz “cocó”. Acho que porque foi a única que me pareceu espontânea e tem um humor sutil. Sutileza que teria vindo a calhar pra mim, mas não pro público adolescente que lotou as salas de cinema e pagou o filme logo em sua estréia. O texto é longo, mas a culpa é do Cazaquistão.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Poema da Contramão

Hoje acordei com vontade de cortar os pulsos.
Minuto de desejo ou de loucura, não passou de um impulso.

Nesses momentos que a gente quer mais é dizer adeus.
Já se cansou a muito de esperar e de pedir a Deus.

Acaba esquecendo que o futuro está em nossas mãos.
Mas é mais fácil deixar a culpa cair sobre os irmãos.

E vim pelas ruas pensando “Por que não?”.
Era só atrapalhar o tráfego e morrer na contramão.

Quando a chuva a alma castiga.
A gente lembra que a dor é antiga.
Tão velha quanto a (des)ilusão.
De que sempre existe uma próxima estação.

Obs.: O poema é autobiográfico, mas só de vez em quando, naquelas quartas-feiras cinzas.
Acontece que melancolia é uma coisa tão bonita, né. Quando eu comecei a escrever, lá nos idos da escola, meus textos eram todos assim, meio barra-pesada. Lembro uma vez que fiz um texto numa prova de português na segunda série, nem recordo o tema, só sei que veio a anotação da professora dizendo que o texto era melancólico. Como é que explica pra uma criança de 8 anos o que diabos quer dizer melancólico?? Eu não entendi nada e acabei ficando na dúvida se era um elogio ou uma crítica. Na verdade, até hoje eu não sei. O aurélio não ajuda muito, olha só uma das definições: 4.Psiq. Distúrbio mental caracterizado por depressão em grau variável, sensação de incapacidade, perda de interesse pela vida, podendo evoluir para ansiedade, insônia, tendência ao suicídio e, eventualmente, delírio de auto-acusação. Eu prefiro mais esssa definição aqui: 2.Estado de languidez e tristeza indefinida. Até porque eu adoro a palavra languidez ;).

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Tempos modernos

Eu sou campeã de presenciar diálogos insólitos. Mas esse foi insuperável. Eu tava estacionada nas proximidades de uma delegacia, não me lembro bem por que cargas d’água (antes que vocês comecem com as gracinhas, não, eu não tinha ido na delegacia, não tava pagando fiança e não tinha sido presa.). Tinha duas moças sentadas na calçada, perto do carro. Eu fiquei abelhando a conversa, já que não tinha nada melhor pra matar o tempo.

Ela: Nossa fulana, você sabia que daquele lugar ali dá pra ver lá no pátio onde os internos tomam banho de sol? E tem cada preso lindo minina...

Não lembro se a outra concordou, discordou ou só ficou absurdada quiném eu.
Mas pensamento vai, pensamento vem, eu lembrei de uma reportagem sobre as mulheres que visitam seus companheiros na cadeia. Uma delas tava dizendo que prefere mil vezes ser mulher de preso. Segundo ela, homem honesto não dá valor na mulher, os presos é que dão. Os valores mudaram muito, né? Deve ter saído de moda ser honesto e ninguém me contou.

Já estou até imaginando um anúncio nesses sites de paquera: "Procuro homem para relacionamento duradouro. Tenho preferência por morenos, sem filhos e que tenha cometido algum delito leve. A ficha criminal conta pontos, quanto maior, melhor."

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Pérolas de um limão petiz

Eu estava lembrando de umas histórias pitorescas da minha infância.

Cena 1 - Quando eu estava aprendendo a falar, não conseguia pronunciar corretamente o nome do astro-rei. Quando ia falar “sol”, invariavelmente saía “sal”. Eu ficava treinando, mas sempre saía “sssssssssal”. E o pior é que eu lembro desse acontecimento de tanto séculos atrás porque eu ficava toda putinha, porque queria falar direito. Pra vocês verem que eu já era exigente na mais tenra idade.

Cena 2 – Ainda do tempo que eu aprendia as primeiras palavras. Naquela época (ô expressão de velho) não tinha toda essa parafernália tecnológica de hoje. Então limãe, que não tinha filmadora pra filmar minhas gracinhas, queria porque queria gravar a minha voz num k7. Acontece que eu nunca fui dada a estrelismos, então ficava muda como uma folha de acelga quando ela apertava o “prai”. Um dia ela escondeu o gravador e eu soltei a voz. Pensa que eu perdi meu tempo falando? Não Pedro Bó, eu compus uma música em homenagem a um buraquinho que tinha na parede. A letra era genial: “Buiaco YE YE YE, buiaco ya ya ya...” Pra vocês verem que eu era fã de Beatles na mais tenra idade.

Cena 3 – Essa foi com um pouco mais de idade e um pouco menos de lucidez. Teve um dia que tive a idéia mais brilhante de todas. Meu invento ia revolucionar o mundo, ia acabar com a sede no nordeste. Ia facilitar até a ida do homem à lua. Eu fui correndo contar pra limãe com aquela mini-cara de eureca.
-Mãe, olha que idéia fantástica pra levar água pro sertão! É só fazer a ÁGUA EM PÓ!!!
A genitora ri de mim até hoje. O pior que ela não me explicou por que tava rindo e eu só fui manjar muito tempo depois. Pra vocês verem que eu já batia pino na mais tenra idade.