terça-feira, 5 de junho de 2007

Bobo-rat (eu sei, o trocadilho é péssimo, mas é pra combinar com o filme)

Finalmente eu criei coragem e assisti Borat. Digo criei coragem porque eu tinha a plena certeza que eu ia odiar o filme. Previsão que acabou se cumprindo com louvor. Não vou nem classificar como pior filme de todos os tempos, que ele não merece honrarias. Engraçado que, como de praxe, digitei Borat no gugól e só achei mais UM filho de Deus que também detestou o filme. Todo mundo adorou... Eu não sou desse planeta mesmo.
Tão dizendo por aí que o filme é uma crítica inteligente ao american way of life. Tá bom, de repente ficar duas horas fazendo piadinha sobre incesto, judeus, cocô e sexo virou sinônimo de inteligência. Era mais honesto se assumissem o filme como uma comédia pastelão pura e simplesmente. Meu QI deve ser baixo demais pra ter entendido a “crítica sagaz” por trás da escatologia. Acho que só faltou pum mesmo. Não vou ser ranzinza a ponto de dizer que escatologia não pode ser engraçado, mas eles forçaram tanto a barra que ficou só grotesco. Não sei se sou só eu que não acho A MÍNIMA GRAÇA em estupro. Tem coisas que simplesmente não se deve brincar. Mas o fato é que metade das piadinhas me soavam previsíveis. Como a hora que ele diz que não ia atrás da Pâmela por que senão a esposa ia arrancar o pinto dele. Não precisa ser Bidú pra adivinhar o que acontece em seguida, a baranga cazaque morre. Quando ele serve queijo pro político, você já fica esperando que ele vai falar que esse queijo é de algum tipo de leite “diferente”. Parece piada pronta, o que o Zorra Total já vem fazendo há anos (e sem sucesso).
Por favor, não façam uma cena de dois homens pelados lutando (aliás, também não sou a favor de cenas de mulheres peladas lutando... pra falar a verdade, lutinha simulando relação sexual é vulgar, com ou sem roupa), especialmente se essa cena durar uns 40 minutos. É desconcertante demais pra ser engraçado, acho que até mesmo pra quem gosta do filme.
Também falaram que nada era armado, que tudo era espontâneo. Então tá, e eu nasci ontem. As cenas no antiquário e as cenas com a Pâmela são as mais (claramente) armadas, e as mais sem-graça. A ÚNICA cena que eu dei um sorriso (Monalisa) foi a que ele deixa a mala cair e o frango faz “cocó”. Acho que porque foi a única que me pareceu espontânea e tem um humor sutil. Sutileza que teria vindo a calhar pra mim, mas não pro público adolescente que lotou as salas de cinema e pagou o filme logo em sua estréia. O texto é longo, mas a culpa é do Cazaquistão.

4 comentários:

Stress Girl disse...

Ei, que bom q vc gostou do meu post lá no blog. Apareça sempre. Vou linkar vc tb!! Beijo!!

Sílvia Carrasco Braga disse...

Eu tb odiei o filme. NA verdade nemme arrsiquei a ir ve-lo, detestei o trailer, e qdo vi alguns pedaços pela internet tive a plena convicção q nao gastaria meu rico dinheiro vendo aquela porquera...

Limão disse...

Stress Girl, volte sempre também. Pelo seu blog, vi que vc tb é um pouco limão.

Silvia, ainda bem que não gastei dimdim pra ver essa bomba de filme, é emprestado... :)

Anônimo disse...

Ok, agora é um comentário masculino. O filme é uma droga mesmo. Eu dei algumas risadas, não posso negar, por que existem testemunhas disso. Mas eles pegaram pesado demais neste filme, como bem disse a Limão. Outra coisa que eu não sabia, que esse filme não era armado, PELOAMORDEDEUS, eles pensam que a gente nasceu ontem. Até minha filhinha Olga sacou no primeiro minuto que aquilo tudo era armado. Tudinho. É isso aí, vc sempre tem razão..... Brincadeirinha. Adios.