segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Poesia com cara de fábula

Não sei que história é essa que você resolveu escrever pra mim, só sei que ela não tem nada a ver com o meu estilo literário.

Eu, que sempre me orgulhei da minha independência, agora fico presa aos minutos que você não me olha. Dava pra ter respeitado só um pouquinho da minha auto-suficiência, ao invés de esfregar na minha cara o seu poder sobre o meu mundo?

Onde foi parar meu sonho de “liberdade”? Numa estante empoeirada, de onde tirei o sonho batido do véu e grinalda? E o que foi feito daquela agonia de andar de mãos dadas, quando eu preciso do seu toque o tempo todo?

Um balde de água fria no meu desprezo pela pieguice do amor.
Um balde de água quente num coração que teimava ser inverno.

Eu, que vivia cada dia com se fosse único, agora vivo a vida toda em um dia sabendo que o próximo também será só alegria.
Perdi o medo da cadeira de balanço.
Perdi o medo do escuro.
Perdi o medo de gente.

Eu dormi na incerteza e acordei em você. Desabei meus castelos e escolhi a sua proteção. Te dei a minha maçã mais bonita torcendo pra que você não enxergasse os meus podres.

Eu, que sempre lustrei a minha tristeza e prezei minha solidão. Agora me entrego a um amor que vai contra os meus princípios, mas que nasceu para justificar os meus fins.

Um comentário:

Anônimo disse...

Depois dessa tem que casar, né?. Lindíssima. Inspirada vc está hj, heim?. O que será que me reserva ?. Aguardo por boas-novas, como sempre. Abraços.